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[Projeto] Shadowing do aplicativo DownDog – Minha experiência real

Para realizar o exercício de shadowing digital, escolhi analisar o aplicativo que mais utilizo no meu dia a dia: o DownDog, focado em práticas de yoga. O objetivo foi acompanhar o meu próprio comportamento ao executar uma tarefa simples: escolher e iniciar uma prática.

A seguir, descrevo o passo a passo da minha experiência, mantendo atenção aos pontos de atrito e às percepções de usabilidade.

  1. Abertura do aplicativo

Ao abrir o DownDog, a primeira ação é selecionar o tempo da prática. Esse passo é simples e bem estruturado, com uma interface clara. Normalmente escolho práticas de 40 a 60 minutos.

  1. Escolha do tipo de prática

Em seguida, navego pela lista de estilos disponíveis. Entre as opções estão Hatha, Gentle, Vinyasa, alongamentos em pé, pós-treino, yoga na cadeira, yoga somático, yoga nidra e até pilates.

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Percebi que, apesar da variedade, acabo sempre retornando ao Hatha, que é o estilo em que me sinto mais segura. No entanto, notei um ponto importante: mesmo com descrições curtas, não é possível prever quais posturas serão utilizadas em cada prática. O usuário precisa confiar no aplicativo sem ter uma visão clara da sequência.

Para quem já conhece yoga, isso não chega a ser um problema. Mas para iniciantes, essa imprevisibilidade pode gerar insegurança.

  1. Ajustes adicionais

Depois da escolha do estilo, ajusto elementos como:

nivel da prática;

quantidade de instrução por voz;

tempo de transição entre posturas;

tempo de permanência nas posturas;

tipo de música;

intenção da prática (quadril, torções, etc);

Esses ajustes funcionam bem, mas novamente surge a mesma questão: o usuário não tem acesso à sequência que será realizada. A prática completa só é revelada depois de iniciada.

  1. Observações extraídas do shadowing

Durante o uso, identifiquei três pontos principais.

Primeiro: falta de previsibilidade. Mesmo lendo as descrições das práticas, não é possível saber quais posturas virão.

Segundo: falta de autonomia para quem já tem experiência. Seria útil poder montar a sequência manualmente, escolhendo as posturas.

Terceiro: algumas categorias não são claras para iniciantes. Termos como yoga somático ou yoga nidra não são autoexplicativos.

Conclusão

O DownDog é um aplicativo excelente, mas a experiência do usuário apresenta algumas limitações. O fluxo atual funciona como uma caixa preta: o usuário configura tempo e estilo, mas não sabe exatamente o que encontrará durante a prática.

Isso impacta dois perfis: iniciantes, que podem se sentir inseguros, e praticantes avançados, que gostariam de maior controle e personalização.

Foi justamente essa combinação de ausência de previsibilidade e baixa autonomia que me levou a pensar em possibilidades de redesign, dando origem ao projeto que estou desenvolvendo para o meu portfólio.

1 resposta

Olá, Lygia, como vai?

Sua análise do DownDog ficou muito clara e bem construída. Você conseguiu descrever o fluxo de uso de forma objetiva, destacando pontos de percepção que realmente afetam a experiência de diferentes perfis de usuário. Esse tipo de registro enriquece bastante o entendimento sobre como um produto se comporta na prática.

A forma como você articulou questões como previsibilidade, autonomia e clareza de linguagem mostra atenção aos fundamentos de UX. Esses aspectos tendem a gerar bons insights para estudos de caso, principalmente quando você conecta diretamente o que observou com oportunidades de melhoria.

Seu exercício ficou muito bom e demonstra domínio das etapas de observação e reflexão sobre o uso real do produto. Obrigado por compartilhar sua experiência e continue trazendo suas análises para o fórum, estamos à disposição.

Alura Conte com o apoio da comunidade Alura na sua jornada. Abraços e bons estudos!