O jogo Magic Quadro é um puzzle indie baseado em memorização: quanto mais o usuário conseguir lembrar das cores apresentadas no nível, mais pontos receberá — podendo alcançar o máximo de 3 pontos por nível.
Ele conta com três modos de dificuldade: Normal (3 cores), Difícil (6 cores) e Insano (9 cores). Os modos se diferenciam apenas pela quantidade de cores, mantendo a mesma mecânica base.
Shadowing
Ao abrir o aplicativo, encontrei na parte superior da tela um cabeçalho contendo:
- O nome do jogo no canto esquerdo;
- O nível atual do jogador ao centro, com a opção de alterar a dificuldade;
- O botão de ativar/desativar música;
- O ícone “?” no canto direito que abre o tutorial.
O tutorial apresenta apenas indicações básicas para avançar de nível, sem explicar mecânicas importantes como fluidez do traçado e critérios de pontuação. Isso obriga o usuário a aprender por tentativa e erro, prejudicando a compreensão inicial.
No menu principal, o usuário consegue visualizar todas as fases já jogadas, identificadas pelo número do nível e pela quantidade de pontos obtidos. As fases ainda bloqueadas exibem um estado de gating.
O botão “Play”, localizado na parte inferior, sempre direciona para a próxima fase disponível, embora seja possível rejogar níveis concluídos.
Jogabilidade:
Ao iniciar um nível, o cabeçalho superior passa a exibir:
- O botão de voltar para o menu;
- O botão para reorganizar a formação das cores, útil quando a distribuição atual é difícil de memorizar;
- O número do nível;
- O botão de ativar/desativar música;
- Uma lupa, que auxilia a ampliar os blocos coloridos a partir do nível 16, quando o quadro atinge 110 blocos.
Inicialmente, todos os blocos coloridos ficam visíveis. Após memorizar o padrão, o jogador pressiona “Play”, os blocos ficam cinza e surgem os botões de seleção de cores. O objetivo é reconstruir o padrão original, traçando um caminho horizontal e vertical (ou vice-versa) até o último bloco no canto inferior direito.
A pontuação funciona da seguinte forma:
- 1 ponto: caminho com um erro durante a partida;
- 2 pontos: caminho correto;
- 3 pontos: reenchimento completo do quadro.
Escalonamento de dificuldade:
A cada nível aumenta alternadamente em altura e largura, resultando na seguinte progressão:
- Level 1 - 3x3
- Level 2 - 4x3
- Level 3 - 4x4
- … e assim por diante.
A partir do Level 8, o quadro já possui 42 blocos, tornando significativamente mais difícil conquistar 3 pontos, principalmente devido ao volume de informações que precisam ser memorizadas. Embora existam mecânicas como o desaparecimento de uma porcentagem dos blocos após um erro ou a revelação pontual da sequência da cor correspondente, esses recursos deixam de ser suficientes à medida que o jogador avança.
Mesmo que o usuário tente memorizar pelo padrão visual, há um limite cognitivo de retenção tornando a experiência gradualmente mais frustrante.
Em determinado momento, o número de blocos torna a memorização quase impraticável, e completar a fase apenas traçando um caminho — que teoricamente seria a opção mais simples — passa a ser inviável. Isso gera perda de motivação e, consequentemente, risco maior de abandono do jogo.
Oportunidades de melhoria
Modificar a progressão de Dificuldade:
Em vez de aumentar apenas a quantidade de blocos a dificuldade pode evoluir por meio de variações de mecânicas e ajustes de carga cognitiva. Algumas estratégias são:
Introdução de novas mecânicas, como blocos especiais, áreas bloqueadas e ferramentas de apoio visual para revisar o padrão de cores.
Adoção de padrões mais complexos, utilizando cores análogas ou de baixa diferenciação, além de texturas sutis, aumentando o desafio da percepção visual.
Implementação de restrições temporais.
Chances extras:
Incluir 2 ou 3 tentativas extras ou diminuir a porcentagem que os blocos somem caso o jogador erre o padrão do quadro.
Tutorial completo:
Implementar um tutorial mais claro e progressivo, incluindo:
Regras de pontuação;
Textos curtos de apoio ao guia visual;
Instruções sobre troca de dificuldade;;
Apresentação progressiva das mecânicas conforme elas surgem (onboarding contextual).
Conclução
Magic Quadro: Color Puzzle apresenta uma proposta sólida, mas carece de refinamento em UX. As melhorias sugeridas podem reduzir a taxa de abandono, aumentar o engajamento e oferecer uma experiência mais equilibrada entre desafio e acessibilidade. O redesign deve priorizar clareza, progressão justa e suporte ao usuário ao longo da jornada.