Somos seres em constante transformação, e o que somos hoje nunca será o mesmo de ontem ou do ano passado. O que isso implica é que, quando tratamos os outros e até a nós mesmos com base em rótulos fixos e estáticos, estamos ignorando essa evolução contínua. Se eu mudei ao longo do tempo, por que continuamos tratando as pessoas como se fossem as mesmas de antes? Por que mantemos a ideia fixa de quem elas são, sem permitir que as verdades delas se revelem e se atualizem conforme o tempo passa? O problema com os rótulos é que eles nos afastam do mistério e da complexidade dos outros. Quando nos aproximamos de alguém com uma ideia pronta sobre quem essa pessoa é, na verdade estamos nos relacionando com nossa própria expectativa, julgamento e impressões, e não com a pessoa real que está diante de nós. Esse processo limita a verdadeira compreensão do outro, já que a riqueza do ser humano não pode ser reduzida a palavras ou categorias prontas. Assim, ao mantermos a mente aberta e livre de rótulos, podemos nos aproximar mais genuinamente do território humano que se revela em cada pessoa.