1
resposta

Linguagem em Wittgenstein e Bakthin

Gostaria aqui apenas de trazer uma contribuição de reflexão a respeito de Wittgenstein e Bakthin.

Um colega levantou em outro tópico a seguinte consideração:

A linguagem como ferramenta de representação: Alguns argumentam que a linguagem, além de ser uma ferramenta de interação social, também serve para representar a realidade. Afinal, como podemos falar sobre o mundo se não podemos nomear e descrever os objetos e eventos que o compõem?

Fazendo esse link de que a comunicação e sua efetiva compreensão tem relação com a representação da realidade e com o contexto social, Bakthin defende que toda linguagem é ideológica, não é neutra. O que o emissor comunica é embuído dos valores e visão de mundo em que acredita. Isso nos estimula a ter uma visão crítica do que está sendo comunicado, seja pelo lado do emissor, seja pelo do receptor.

1 resposta

Olá Jair! Tudo certo?

Que interessante a sua reflexão sobre Wittgenstein e Bakhtin! Ambos os filósofos oferecem perspectivas ricas e complexas sobre a linguagem e sua relação com a realidade e a sociedade.

Wittgenstein, especialmente em sua segunda fase, com a ideia dos "jogos de linguagem", sugere que o significado das palavras é determinado pelo uso dentro de contextos sociais específicos. Isso quer dizer que a linguagem não é apenas uma representação estática da realidade, mas uma prática social dinâmica e interativa. Ele destaca que a compreensão da linguagem está profundamente ligada às práticas e interações sociais, e não apenas à correspondência direta com objetos ou eventos no mundo.

Por outro lado, Bakhtin enfatiza que toda linguagem é ideológica e carrega consigo valores e visões de mundo. Isso nos leva a entender que a comunicação nunca é neutra; ela sempre reflete as perspectivas e contextos de quem fala.

A sua reflexão sobre como a linguagem serve tanto para representar a realidade quanto para interagir socialmente é um ponto de conexão interessante entre os dois pensadores. Ambos nos convidam a pensar criticamente sobre como usamos a linguagem e como ela molda nossa compreensão do mundo.