A empresa onde eu trabalhava possuía uma estrutura hierárquica com menos camadas, permitindo que a tomada de decisão ocorresse em conjunto entre o nível operacional, tático e estratégico. Mas, mesmo com esse fluxo de comunicação mais direta, algumas decisões demoravam para serem tomadas, pois o nível operacional não tinha muita autonomia. Se houvesse alguma proposta de solução nesse nível, ela era repassada ao nível tático, que, juntamente com o nível estratégico avaliava se ela era viável ou não. Seria um processo árduo a adoção da holocracia, pois exigiria profissionais com uma visão muito holística e para isso acontecer, seria um processo lento, uma vez que, acostumados com uma organização mais hierárquica, cada nível adotou uma visão muito específica. Por exemplo, a parte operacional pode ter uma noção muito boa de como os processos podem ser mais rápidos e melhores, mas talvez não tenham a percepção a mesma percepção de quem está no nível estratégico de como isso agrega ou não valor para o cliente. Por isso, para que a holocracia fosse bem sucedida no meu último trabalho, o fluxo de informações precisaria ser muito mais direto e os colaboradores precisariam se acostumar com um ambiente muito mais holístico.