No caso do iFood, os canais principais são aqueles de grande impacto no público final. A marca aparece em propagandas de TV, principalmente em horários de maior audiência como o intervalo de novelas e reality shows, além de anúncios digitais em plataformas como YouTube, Instagram e TikTok, explorando a força dos stories e dos influenciadores. A comunicação é centrada em praticidade, conveniência e benefícios imediatos: destaca a variedade de restaurantes, a rapidez da entrega e, sobretudo, os cupons de desconto que funcionam como gatilho irresistível. O tom de voz é descontraído, jovem, próximo da linguagem do consumidor, com gírias, humor e frases curtas que passam urgência e desejo, associando comida a prazer e conforto imediato.
Já a Wellhub, por ser uma empresa B2B voltada para diretores e gestores de RH, se posiciona de maneira diferente. Seus canais principais incluem o LinkedIn, onde publica artigos e cases, eventos corporativos ligados a gestão de pessoas e bem-estar, além de e-mail marketing segmentado e materiais técnicos para decision makers. A comunicação é orientada ao valor que a solução gera para o negócio, enfatizando a melhoria da saúde e engajamento dos colaboradores, mas sempre traduzida em termos de ROI, retenção de talentos e aumento da produtividade. O tom de voz é consultivo e profissional, embasado em dados e estatísticas, transmitindo credibilidade e posicionando a marca como parceira estratégica das empresas, sem recorrer a uma linguagem excessivamente informal.
Por fim, o Mercado Livre se apoia em canais digitais altamente direcionados ao momento de compra. Seus anúncios aparecem no Google Shopping quando o cliente busca por um produto específico, além de e-mails e push notifications personalizados no aplicativo, que lembram o consumidor de promoções e atualizam sobre o status da entrega. A comunicação gira em torno de promessas objetivas: grande variedade de produtos, preços competitivos e, principalmente, a velocidade e confiança na entrega, muitas vezes sintetizada na frase “chega amanhã”. O tom de voz é transacional, direto e funcional, eliminando barreiras para a decisão de compra. Não busca inspirar, mas sim ser eficiente e ágil, transmitindo segurança e clareza para que o consumidor finalize a transação sem dúvidas.
Assim, ao comparar os três casos, fica claro como cada empresa adapta canais, comunicação e tom de voz ao perfil de seu público e ao objetivo de negócio, demonstrando que marketing de precisão depende de entender não só o produto, mas principalmente a jornada e as necessidades de quem está do outro lado.