Fazendo analogia com o tema Rotular:
"Ninguém consegue entrar no mesmo rio duas vezes, pois não somos o mesmo nem a água é a mesma" — atribuída a Heráclito
Tanto o texto quanto essa frase exploram a ideia de impermanência e da mudança constante: Heráclito fala da fluidez do tempo e da identidade, enquanto o texto reflete sobre como os rótulos que usamos congelam pessoas em versões passadas, ignorando seu processo contínuo de transformação.
O “rio” da metáfora é como o território humano: sempre em movimento. Quando nos relacionamos com alguém por meio de rótulos fixos (“brigão”, “CDF”, “mãe”), estamos vendo o “mapa” — uma representação simplificada — e não o rio vivo e mutável que é aquela pessoa. O texto denuncia esse equívoco: confundir o que achamos que sabemos com o que realmente está diante de nós.
Por isso, tanto Heráclito quanto o autor do texto nos convidam a rever nosso modo de ver o outro, reconhecer que tudo muda, inclusive nós, e abandonar certezas fáceis por uma escuta mais presente e sensível. o que não é possivel quando usamos rótulos.
"Rotular é atribuir uma etiqueta, classificação ou julgamento a algo ou alguém — seja de forma literal (como em embalagens) ou simbólica (como em relações humanas)".
Reflexão filosófica
Rotular é como usar um mapa para entender o território — útil, mas limitado.
Pessoas mudam, evoluem, se transformam. Um rótulo pode impedir que vejamos essa mudança.
O texto mostra isso claramente: quando rotulamos, deixamos de enxergar o mistério vivo que é o outro.