Pedro identificando suas emoções e necessidades poderia se comunicar dessa forma:
“Tiago, quando percebo que algumas partes do projeto ficam prontas só perto do prazo (observação), eu fico preocupado (sentimento), porque preciso de mais clareza e previsibilidade para organizar minhas próprias tarefas (necessidade). Você poderia me avisar antes quando estiver com dificuldade de concluir alguma parte? (pedido)”
Tiago, por se sentir pressionado, poderia falar assim:
“Pedro, quando você comenta repetidamente sobre o prazo das minhas tarefas (observação), eu me sinto pressionado e inseguro (sentimento), porque preciso de mais autonomia e de um ambiente mais leve para trabalhar (necessidade). Você poderia me dizer suas preocupações de um jeito mais objetivo e combinado conosco como equipe? (pedido)”
Possível conclusão do diálogo:
Pedro: “Entendi, Tiago. Obrigado por dizer isso. Eu realmente não quero te pressionar. Minha intenção é manter o grupo alinhado.”
Tiago: “E eu agradeço você ter falado. Posso te avisar antes quando sentir que não vou conseguir entregar algo no prazo, e podemos ajustar juntos.”
Pedro: “Ótimo! Assim a gente evita mal-entendidos.”
Dessa forma acredito que evitamos expressões absolutas e acusatórias, como ‘sempre’, ‘nunca’ ou ‘você é controlador’; passamos a nomear sentimentos reais a partir do reconhecimento de nossas necessidades autênticas; e conseguimos formular pedidos viáveis, claros e não impositivos.