Empatia e compaixão são conceitos relacionados, mas com diferenças importantes. A empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos de outra pessoa, colocando-se no lugar dela. Já a compaixão vai além da empatia, pois envolve não apenas a compreensão do sofrimento alheio, mas também o desejo genuíno de aliviar esse sofrimento. A compaixão pode ser dividida em três elementos: o componente cognitivo, que é o "eu compreendo"; o componente afetivo, "sinto o que você sente"; e o componente motivacional, "quero ajudá-lo". Esses elementos refletem uma postura ativa em relação ao sofrimento do outro, não se limitando apenas à compreensão, mas englobando também a ação para proporcionar alívio. Tanto a empatia quanto a compaixão podem ser cultivadas por meio de práticas específicas. Uma técnica simples para desenvolver a compaixão é a "respiração compassiva com mãos no coração", que envolve colocar as mãos sobre o peito, sentir o ritmo da respiração e repetir frases de equanimidade, como "Que esteja tudo bem comigo" e "Que eu possa viver feliz e saudável". Essa prática promove autogentileza e amorosidade, auxiliando na gestão de emoções como angústia e ressentimento. Ao entender a diferença entre empatia e compaixão, podemos perceber que a compaixão vai além da empatia, incorporando a motivação para agir e aliviar o sofrimento alheio, enquanto a empatia se concentra mais na compreensão e no compartilhamento das emoções do outro.