Um dos maiores desafios da Comunicação Não-Violenta é distinguir o que vemos do que julgamos. Muitas vezes, usamos palavras ou frases que parecem neutras, mas que escondem avaliações, comparações ou rótulos. Isso acontece, por exemplo, quando generalizamos usando termos como “sempre” ou “nunca”, sem perceber que não estamos descrevendo fatos, mas exagerando nossa percepção.
Quando aprendemos a nomear fatos concretos e objetivos, sem misturá-los com nossos julgamentos, criamos espaço para um diálogo mais claro e respeitoso. Essa prática não nos impede de ter opiniões ou valores, mas nos ajuda a assumir a responsabilidade sobre eles, evitando que sejam confundidos com a realidade objetiva. É nesse ponto que a CNV nos convida a olhar para o outro não como um rótulo, mas como alguém em constante transformação.