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[Dúvida] Refletindo, Repensand e Aprendendo

Esse conteúdo me fez refletir bastante, trazendo como principal aprendizado o fato de que os julgamentos moralizadores alienam a comunicação, gerando dor, resistência e desconexão.
Projetar nossos valores no outro, sem escutá-lo genuinamente, transforma necessidades legítimas em acusações e estimula respostas baseadas em medo ou culpa — nunca em vontade autêntica.
Para que possa existir uma conexão verdadeira no ato de comunicar-se, é preciso compreender antes de julgar, reconhecendo que cada pessoa é um território próprio, não um reflexo de nossas expectativas.

Características da comunicação alienante segundo a CNV:

Julgamentos moralizadores
Críticas e rotulações
Comparações e diagnósticos
Negação de sentimentos e necessidades
Essas formas de comunicação afastam as pessoas, geram defensividade e reduzem a capacidade de escuta e compreensão mútua.

Em contraste, a CNV propõe uma linguagem baseada em:
Observação sem julgamento
Expressão de sentimentos
Reconhecimento de necessidades
Pedidos claros e respeitosos.

Esse tema foi além da reflexão, me trouxe memórias dolorosas, é gatilhos por conta de frases ditas para mim com contexto de Comunicação Violenta, tipo: "você é um zero a esquerda" "foi mais fácil que tirar bala de criança" "você é a vergonha dessa área...". Por outro lado eu também devo ter usado CV com meus pares, até lembrei que chamei um colega de "carente". Também uso julgamento nas minhas falas mas hoje estou consciente do que preciso melhorar vou ficar vigilante, para usar apenas comunicação não violenta em minhas falas, tudo é aprendizado.

Para exercitar: como essas frazes poderiam ser reescrita na forma da CNV?

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Jamile, Senti verdade em cada palavra e, ao mesmo tempo, me vi em algumas situações que você descreveu. A forma como você trouxe a diferença entre julgamento e escuta genuína ficou muito clara — e é justamente esse o maior desafio: parar de reagir automaticamente e começar a se expressar com consciência.

Essas frases que você citou também me remeteram a momentos difíceis, tanto como quem escutou quanto como quem falou. Às vezes, no impulso ou na frustração, a gente se esquece de que existe uma forma mais compassiva de se comunicar. Mas como você disse: estar consciente já é um passo imenso no caminho da mudança.

Respondendo ao seu exercício, pensei em como essas frases poderiam ser transformadas com base na CNV:

Frase violenta:
"Você é um zero à esquerda."
Versão CNV:
"Quando você não participa das decisões ou evita contribuir, eu me sinto frustrado porque preciso de parceria e envolvimento. Você poderia me contar o que está sentindo em relação a isso?"

Frase violenta:
"Foi mais fácil que tirar bala de criança."
Versão CNV:
"Percebi que essa tarefa foi concluída com facilidade, e fiquei satisfeito com a fluidez do processo. Podemos conversar sobre o que contribuiu para isso?"

Frase violenta:
"Você é a vergonha dessa área."
Versão CNV:
"Quando vejo que os resultados não estão sendo alcançados, fico preocupado porque valorizo o reconhecimento da equipe e o nosso crescimento. O que você está enfrentando que possa estar dificultando o desempenho?"