Quando li o texto lembrei de uma história que ouvi e que para mim se encaixa bastante no título.
A história das estações diz que um pai envia seus quatro filhos ao mesmo lugar, mas em momentos diferentes do ano: primavera, verão, outono e inverno. Quando retornam, ele pede que cada um descreva o que viu. Um fala das flores e cores vibrantes, outro do calor e abundância, outro da queda das folhas, e o último do frio e da paisagem árida. Cada um descreve o mesmo lugar, mas com percepções totalmente diferentes, baseadas na estação em que esteve lá.
Essa analogia mostra que a realidade é uma soma de perspectivas, e cada olhar revela apenas uma parte do todo. O erro seria acreditar que somente a própria visão é verdadeira, ignorando que o contexto (ou “estação”) influencia na forma como se percebe.
Assim como os filhos julgam com base em sua vivência, nós também julgamos pessoas, situações e fatos usando nossas “estações internas” — nossas emoções, crenças, memórias. E isso reforça o ponto do texto: nossa opinião não é a realidade em si, é uma versão parcial dela, filtrada por quem somos e pelo momento em que estamos.
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Outra analogia que pode ser usada para o texto é a de óculos com lentes coloridas. Ela ajuda a ilustrar como nossa visão da realidade é filtrada pelas nossas experiências e opiniões, sem que percebamos.
Imagine que cada pessoa usa um par de óculos com lentes de cor diferente — alguns com lentes azuis, outros verdes, vermelhas, amarelas. Esses óculos representam as experiências, crenças e emoções de cada um.
Ao olhar para o mesmo objeto, como uma flor branca, cada pessoa a enxerga com uma tonalidade diferente, dependendo das lentes que está usando. A flor continua branca, objetivamente, mas a percepção de cada um será influenciada pela cor das suas lentes. Da mesma forma, os fatos são neutros, mas nossos julgamentos os tingem com o que já vivemos ou acreditamos.
O problema começa quando alguém acredita que a cor que está vendo é a única possível — ignorando que está usando lentes.