Boa reflexão sobre criatividade. Eu muitas vezes também já me julguei como "sem criatividade" igual ao Júlio.
Hoje tenho uma filha de 10 anos e eu a considero como muito criativa. Pensando sobre como a forma que a criei, o que estimulo ela a fazer, diferente do que eu tive na minha infância são:
a) Leitura de livros desde pequena: isso estimula ela a criar histórias, reiventar;
b) Brincar de bonecas e jogos com amigos: possibilita reviver as histórias, traumas, recontando seus problemas/situações com as bonecas, além de interagir com as amigas.
c) Atividades físicas diversas (natação, capoeira, judô, educação física, ballet etc): permite correr, brincar, se divertir.
d) Música: adora música, tocar violão, flauta.
e) Cinema: adora assistir filme.
E quando ela está parada, sem ter o que fazer.. tem dificuldade... diz que está com "tédio".
Na verdade, essa geração sempre foi muito estimulada e não sabem ficar sem fazer nada.
Na minha época sempre fomos moldados a ter que estudar, trabalhar, ganhar dinheiro para ter uma vida um pouco melhor do que a dos nossos pais, que por sinal foi muito difícil. Não tivemos muitos brinquedos, não tive acesso a livros, cinema, música. Apesar de eu ter feito atividade física vôlei, natação, ballet, não tem nenhuma que eu ame de paixão.
Desta forma, para eu e o Júlio estimularmos a nossa criatividade, vejo que é importante mudarmos o foco e as prioridades, incluindo em nossa rotina itens que nos satisfaçam pessoalmente e não somente trabalho, tais como: leitura de livros, atividade física, se dedicar a um hobbie, encontrar com amigos! Gratidão por esta reflexão! Algumas coisas já inclui em minha rotina, mas vou adicionar outras depois dessa reflexão.