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Comentário - Proposta de debate.

Sobre o exemplo do autor do livro e o "complexo de inferioridade", acredito que sim — muitas vezes caímos em armadilhas mentais e autossabotagens. No entanto, é importante ter cuidado e muita delicadeza ao abordar esse tipo de tema, principalmente quando se fala de origem humilde e falta de oportunidades.

No caso do autor, a origem simples e as dificuldades foram vistas como fatores que alimentaram um complexo de inferioridade. Mas, no contexto brasileiro, precisamos considerar que essa realidade de falta de oportunidades não é apenas uma questão de mentalidade — é estrutural. Muitas pessoas realmente não têm acesso às mesmas condições, caminhos ou recursos.

Inclusive, quando ouvimos frases como “todos têm as mesmas 24 horas no dia” (dita no curso inclusive), é fundamental refletir que, na prática, essas 24 horas são vividas de formas muito diferentes. Algumas pessoas enfrentam barreiras reais como deslocamentos longos, dupla jornada, falta de apoio e insegurança.

Por isso, acredito que trazer esse olhar mais sensível e realista com Brasil torna a proposta do curso ainda mais rica. Em muitos casos, o chamado "complexo de inferioridade" pode não ser apenas um bloqueio interno, mas o reflexo de um sistema desigual que precisa ser levado em conta.

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Olá Myrella. tudo bem ? Achei sua reflexão muito importante! Falar sobre “complexo de inferioridade” exige mesmo sensibilidade, principalmente quando levamos em conta a realidade brasileira. Nem sempre é só uma questão de mentalidade muitas vezes, as barreiras são estruturais e muito concretas. A ideia de que “todos têm as mesmas 24 horas”, por exemplo, ignora o fato de que muita gente enfrenta jornadas exaustivas, deslocamentos longos e falta de apoio. Trazer esse olhar mais realista só fortalece a proposta do curso.