Essa questão levanta um ponto muito interessante sobre a relação entre competência técnica e comportamento no ambiente de trabalho. Durante anos, a habilidade técnica foi o critério primordial para contratação, mas com o tempo, percebeu-se que o comportamento influencia diretamente na dinâmica da equipe e nos resultados organizacionais. O famoso dado de que "9 em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental" evidencia essa mudança de mentalidade no mercado.
Porém, é preciso ponderar: e quando o comportamento de um profissional não segue os padrões tradicionais esperados, mas sua entrega é impecável? Se uma profissional é extremamente competente, entrega resultados com excelência, resolve problemas e até cobre as falhas dos outros, faz sentido descartá-la apenas porque é mais reservada ou não interage tanto socialmente?
Demitir alguém assim pode parecer uma estratégia de "limpeza comportamental", mas na prática, pode ser um tiro no pé. Substituir uma profissional que carrega parte do trabalho da equipe por várias novas contratações pode até impulsionar a economia (mais movimentação no mercado de trabalho, novas oportunidades), mas dificilmente garantirá a mesma eficiência.