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Felicidade e sucesso

Aprendi uma vez, um conceito de felicidade e sucesso: "O sucesso é conquistar aquilo que se deseja, enquanto que a felicidade é desejar aquilo que se tem". Essa diferença é interessante, pois coloca, sob certa perspectiva, a felicidade e o sucesso em posições antagônicas. Provavelmente, o leitor nunca pensou nos dois conceitos como contrários. Aqui, oferto uma visão que pretende ser mais apurada, de maior resolução, para enxergar com mais nitidez as duas coisas e não confundi-las. Explicando o antagonismo Pela frase inicial dada, o sucesso é o resultado, consequência de uma ou várias ações para um determinado ato. Assim, não há sucesso, sem atitude, já que precisa fazer alguma ação para conquistar algo; também não não há sucesso sem objetivo, porque as ações são desenvolvidas para conquistar algo, assim já se sabe o que se deseja, o objeto não é aleatório, se não seria casualidade, mas nesse caso diria sincronicidade, um termo que não vem ao caso. Por outro lado, a felicidade é a causa de algo. É nesse sentido, que ambos são antagônicos. Para ser feliz, não precisa ter êxito em uma atividade ou outra, na verdade, para ser feliz não precisa de nada. Um mendigo pode ser feliz (pasmem!), enquanto um bilionário pode ser infeliz (por que aqui o pasmem não soa tão verdadeiro?). A felicidade está mais voltada para a aceitação. Há uma frase atribuída a Paulo Leminski que reflete bastante a situação: "Isso de ser exatamente o que se é, ainda vai nos levar além", logo revela o estado de espírito da pessoa e não, necessariamente seus êxitos em seus intentos. Certa vez, quando estudava para concursos, um palestrante disse: "Não espere passar no concurso para ser feliz, seja agora!". Isso fez e faz muito sentido para mim. Foi engraçada a palestra, quando o orador disse que já era concursado (de alto escalão), quando resolveu participar de uma maratona e se viu mortificado quando um cadeirante o ultrapassava. Então, retornando à aula, quando Patrícia traça o objetivo de ser feliz, ela macula a própria premissa, pois não há sucesso que garanta felicidade, assim como não há felicidade que garanta sucesso. Inegavelmente, um influencia o outro, mas não o determina. Patrícia estabeleceu que a felicidade seria, por exemplo, ter um emprego estável, mas quem garante isso? Entendo que buscar a felicidade tem a ver com um olhar mais para dentro, do que para fora, o problema é que muitas vezes, as pessoas estão insatisfeitas a nível fisiológico, para ilustrar a pirâmide de Maslow. E isso não é contraditório ao exemplo do mendigo feliz, em verdade, esse mendigo apenas aceita a situação, neste caso (obviamente, é um exemplo hipotético, potencial, não estou apontando um caso concreto). Não vou preencher mais coisas (um brainstorm passa pela cabeça, rsrs). Minha visão, espero ter contribuído, obrigado!

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Oi Carlos,

Que interessante ler o seu rico comentário.

Faz todo sentido e um dos aspectos que mais me atrai nesse sentido é entender que o sentido que damos às coisas, às pessoas, às nossas relações e etc é cunhado da subjetividade. O que me ajuda a entender que o sentido de felicidade para uma pessoa pode ser totalmente diferente do meu e está tudo bem, pois aquela pessoa é única. =)