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Dan Siegel

Vi o vídeo " Hand Model of the Brain" e achei muito legal a ideia. Meu inglês não é dos melhores mas deu pra pegar algo. Essa perspectiva de integração parece muito interessante. Não sei se foge do escopo do curso, mas espero que dê uma discutida nesse vies, talvez comentando mesmo o vídeo ou esse framework de mindinsight

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Oi Adir,

Obrigada pela contribuição, não conhecia o Dan Siegel e fui pesquisar, por isso minha demora em te responder. O assunto é novo para mim :)

Vamos lá, pelo que entendi no vídeo "Dr Daniel Siegel presenting a Hand Model of the Brain", explica como o cérebro funciona usando seu Modelo de Mão do Cérebro, incluindo as regiões límbicas, o córtex e o córtex pré-frontal.

O sistema límbico fica no fundo do cérebro, aproximadamente onde o polegar está no modelo da mão. Ele evoluiu quando os pequenos mamíferos apareceram pela primeira vez há cerca de duzentos milhões de anos. Este "velho cérebro mamífero" trabalha em estreita colaboração com o tronco cerebral e o próprio corpo para criar não apenas nossos impulsos básicos, mas também nossas emoções. Esses estados de sentimento estão cheios de sentido porque as regiões límbicas avaliam nossa situação atual. “Isso é bom ou é tão ruim assim?” É a questão mais básica que a área límbica aborda. Nós nos movemos em direção ao bem e nos afastamos do mal. É o famoso instinto de luta ou fuga.

O córtex cria padrões de disparo mais intricados que representam o mundo tridimensional além das funções corporais e das reações de sobrevivência mediadas pelas regiões inferior e subcortical. Nos humanos, a porção frontal mais elaborada do córtex nos permite ter idéias e conceitos e desenvolver os mapas da consciência que nos dão uma visão do mundo interior. O córtex frontal na verdade faz padrões de disparo neural que representam suas próprias representações. Em outras palavras, nos permite pensar sobre o pensamento. A boa notícia é que isso dá aos humanos novas habilidades de pensamento - para imaginar, para recombinar fatos e experiências, para criar. O ônus é que às vezes essas novas capacidades nos permitem pensar muito. Até onde sabemos, nenhuma outra espécie representa suas próprias representações neurais - provavelmente uma razão pela qual às vezes nos chamamos de "neuróticos".

Por fim, na medida que nos movemos mais e mais para a frente no cérebro, finalmente chegamos à área dos primeiros nós dos dedos até a ponta dos dedos no modelo da mão. Aqui, logo atrás da testa, está o córtex pré-frontal, que evoluiu até esse ponto apenas nos seres humanos. Agora, nos movemos além das preocupações neurais para o mundo físico e o movimento do corpo e para outro domínio da realidade neuralmente construída.

Além das preocupações corporais e de sobrevivência do tronco encefálico, além das funções límbicas avaliativas e emocionais, além dos processos perceptuais do córtex posterior e das funções motoras da porção posterior do lobo frontal, nos deparamos com formas mais abstratas e simbólicas de fluxo de informação que parece nos separar como espécie. Neste reino pré-frontal, criamos representações de conceitos como tempo, senso de nós próprios e julgamentos morais. É aqui também que criamos nossos mapas de consciência.

Então, na comunicação não-violenta quanto mais consciência tivermos sobre nossas ações, pensamentos e falas, melhor. Se o sistema límbico atuar, vai ser o famoso "toma lá, dá cá" porque agimos por impulso.

O córtex pré-frontal está relacionada com a estruturação da personalidade do individuo, capacidade de julgamento, motivação e comportamento emocional, é aqui que a CNV pode atuar, pelo que entendo.

Fez sentido para você?

Se o sistema límbico atuar, vai ser o famoso "toma lá, dá cá" porque agimos por impulso - exatamente. Creio que você entendendo como seu cérebro funciona e até mesmo tendo uma fácil visualização desse modos operandi através do modelo da mão fica menos dificil aquele respirar fundo, aquele pensar melhor antes de falar, aquele o que será mesmo que o outro quer mesmo dizer." Muitas vezes uma discussão e até ofensas são pedidos de ajuda, e esse comportamento, apesar dos adjetivos direcionados para a gente, falam muito mais de quem fala do que de nós A gente já racionaliza tanta coisa de forma automática, pra justificar decisões achamos que tomamos, tentar racionalizar conscientemente em situações que demandem um parar e pensar é uma saída, acredito eu. Obrigado pela resposta, e por indicar o site do autor. Pra mim também é um tema novo, conheci na universidade Corporativa e tenho tentado aprender mais. Abraço

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