Sim, na organização há visão e missão definidas e comunicadas, inclusive presentes em itens como o crachá. No entanto, no dia a dia, elas acabam funcionando mais como figuras de retórica do que como direcionadores reais de ações e decisões. A estratégia e os objetivos não são claramente definidos ou, quando são, não são devidamente comunicados a todos os colaboradores. Isso dificulta o alinhamento e o engajamento das equipes, comprometendo a construção de um propósito comum e o entendimento do papel de cada um dentro da organização. Além disso, o sistema de gestão da empresa não reforça ou evidencia as vantagens de seguir a estratégia proposta. Assim, muitos colaboradores acabam realizando suas atividades de forma mecânica, sem compreender o impacto do seu trabalho no todo – o que gera uma sensação de estagnação, como em uma "corrida de ratos". Quando as metas não são atingidas, muitas vezes não há um processo estruturado de análise e adaptação; em vez disso, as metas são substituídas por novos desejos, sem um aprendizado real do que deu errado. Por fim, poucas pessoas conseguem explicar com clareza e objetividade qual é a essência da estratégia da empresa. Isso revela a necessidade urgente de tornar a estratégia algo vivo, acessível e voltado, de fato, à entrega de valor. A solução para isso seria tornar a missão e a visão realmente presentes no cotidiano, com uma estratégia clara, simples e bem comunicada a todos. É essencial que os objetivos façam sentido para quem está executando (não apenas para os líderes da organização), que haja espaço aberto a pivotagens, e que cada pessoa entenda o impacto do seu trabalho no todo. Sem isso, tudo vira só teoria bonita, sem resultado prático.