Tenho percebido durante as aulas que o instrutor possui a tendência de sobrevalorizar a abordagem adaptativa e subvalorizar a abordagem preditiva, como se houvesse uma superioridade das práticas e metodologias da primeira sobre a última. O instrutor usa adjetivos que minimizam a abordagem preditiva, como por exemplo "simples" e adjetivos que enaltecem a abordagem adaptativa como por exemplo "complexo".
No entanto, na prática do gerenciamento de projeto isso não existe. O que existe são projetos onde uma é mais indicada ou adequada que a outra.
Mais uma vez trago o exemplo da construção civil (minha área de atuação e expertise), nas quais os projetos envolvem escopos enormes, como uma linha de metrô operacional, por exemplo, com emprego intensiva de mão obra, não sendo raras as obras que empregam dezenas de milhares de trabalhadores, com contextos de incertezas elevadas e stakeholders com as necessidades mais diversas possível!
Nesse tipo de projeto a metodologia ágil, em sua forma pura, é impossível, pela própria natureza do projeto. No entanto, isso não significa que construir um metrô seja simples, como o instrutor faz parecer. Controlar o escopo, o cronograma e os recursos de uma projeto dessa monta são desafios para equipes inteiras, super qualificadas!
Sugiro que o curso seja revisto e que o instrutor conheça, reconheça e se qualifique em outras categorias de projetos. Dúvido que fazer um "joguinho" seja mais complexo que construir uma usina nuclear!