6
respostas

Sobre a Retrospective ser a chave da auto avaliação do time

A primeira parte do manifesto ágil fala sobre a importância de indivíduos e interacções mais que processos e ferramentas, caso exista um problema pessoal de duas pessoas do time cabe resolver na retrospective sendo mediado pelo gestor ou fingir que o conflito não aconteceu e seguir o trabalho? Tenho uma opinião formada sobre isso mas gostaria de ouvir outras :)

6 respostas

Oi Elaine.

Tudo bom?

Ao meu ver, se é algo que impacta a qualidade de trabalho, o bem-estar das pessoas e sua produtividade, com certeza não é aconselhável fingir que o conflito não aconteceu.

Entendo que num ambiente de agilidade, o time inteiro tem autonomia para tentar resolver suas questões, não necessariamente a pessoa que ocupa a posição de gestor. Mas se nenhuma outra pessoa conseguiu efetivamente gerenciar esse conflito, valeria a pena levar para a gerência.

Espero que outras pessoas possam contribuir com seu tópico, pois é bem interessante =)

Te desejo um ótimo estudo.

Abraços!

Olá, Elaine! Tudo bom?

Como Scrum Master aqui dentro da equipe de conteúdo da Alura, vou tentar te ajudar. Também tenho minhas dúvidas, não é uma pergunta fácil tão pouco trivial! Vamos lá.

A Retrospectiva é o evento ágil que ajuda o time a entender e melhorar processos, comunicação, trabalho em equipe, resolver gargalos, elaborar planos de ação para as próximas sprints/iterações. Então neste seu caso, sim, seria um bom momento para discutir também problemas que atrapalham justamente a interação entre as pessoas da equipe.

Porém, para que isso ocorra, o ambiente tem que ser de confiança total. As pessoas, tanto as diretamente envolvidas como os(as) colegas, precisam se sentir seguros para que consigam expor suas opiniões. Devem entender que o embate é de ideias, pontos de vista, às vezes até mesmo ideológicos, mas nunca um embate pessoal. Isso requer muita maturidade e entendimento sobre agilidade.

Se chegar ao ponto de o problema ser realmente pessoal e o ambiente não favorecer, cabe à pessoa Scrum Master/Agilista/Agile Coach verificar cada caso. Conversar com as pessoas envolvidas e pedir e propor soluções. Dependendo da estrutura da empresa/setor em que se trabalha, seja o caso de levar para outras lideranças como forma de buscar apoio (não de coibição).

Espero ter ajudado. Estou curioso para ouvir sua opinião! =) Vamos trocando figurinhas aqui.

Bons estudos, Elaine!

PS: O conflito aconteceu. O trabalho pode até seguir... mas a qual custo? ;-)

Sim com certeza, mas no caso da citação do gestor falei sobre mediar o conflito no caso de atuar facilitando a conversa entre duas pessoas não gerenciar, obrigado pela sua resposta, também espero ter um debate maior com essa questão, abraços! :)

Oi Vasco tudo bem sim e com vc? Então concordo contigo em vários pontos principalmente no que diz que para essa conversa acontecer e ser encontrada uma solução para o problema precisa ser um ambiente de confiança total e ao meu ver atualmente essa é a grande questão de várias empresas, não ter esse ambiente seguro e com confiança em seus colaboradores, nesses caos em que não se há confiança e a conversa não flua você acha que cabe fazer alocações? Eu não acredito que fingir que as coisas não acontecem resolvam algo mas é o que vi em empresas que passei, infelizmente.

Que fio de discussão sensacional esse, hein? Parabéns aos envolvidos! :)

No fundo, toda a idéia de fomentar a autogestão do trabalho acaba permitindo que a figura da pessoa gestora possa focar na gestão do ambiente. Nesse sentido, conversas 1x1 poderiam fornecer peças importantes desse quebra-cabeças que é como as pessoas da equipe sentem o ambiente.

À partir daí, pode fazer sentido usar processos e ferramentas para tentar auxiliar no desenvolvimento das interações entre os indivíduos. Criar colaborativamente um código de conduta para que ninguém se sinta ofendido em uma reunião é um exemplo de processo/ferramenta que se encaixa nessa categoria.

Voltando para o manifesto, indivíduos e interações mais que processos e ferramentas é como saúde mais que dinheiro. Dinheiro segue sendo importante, mas minha saúde vem primeiro. Só que existem situações onde eu posso utilizar o dinheiro para favorecer minha saúde.

Mas afinal, cabe fazer alocações?

Eu penso que pode ser uma oportunidade, mas depende de muito de como será a abordagem:

Pessoal, vamos mudar um pouco a forma como trabalhamos durante esse mês? Aí no final do mês a gente se reune e discute o que funcionou bem e o que não funcionou.

De repente esse pode ser o primeiro passo para criar um ambiente onde as pessoas se sintam mais seguras para conversar sobre como se sentem no trabalho.

Obrigado pela sua resposta Mario, esclareceu muita coisa na minha cabeça na questão de usar processos e ferramentas para tentar auxiliar no desenvolvimento das interações entre os indivíduos. A abordagem com certeza faz muita diferença nesse contexto em que se precisa criar um ambiente seguro. Um abraço, espero ter mais respostas esclarecedoras como essa!! :)