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O que fazer nesta situação?

Como planejar algo para 5 anos em uma empresa pública onde o reconhecimento não existe e sim a situação partidária. Por estar em uma empresa pública apesar de amar o que faço, sinto-me prejudicado pois qualquer tenativa de crescimento esbarra no coleguismo partidário. Como resolver isso.

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Boa noite Joao Batista! Tudo bem?

Deixe-me fazer um contraponto.

É claro que não conheço a realidade do seu trabalho, mas será que não existe ao menos um caso onde um bom profissional foi reconhecido?

Será que todos os gerentes da empresa ganham o cargo 100% por indicação política? Este pode ser o fator preponderante, mas a competência pode ter significado 10, 20% do motivo da escolha, mas ela pode ter estado lá.

Entendo perfeitamente sua frustração, mas desanimar não vai ajudar em nada. Sua motivação zera, sua energia diminui, sua produtividade cai, sua performance piora, a probabilidade de você crescer assim é muito pequena.

Esse é um assunto que pode render várias boas conversas. Eu poderia passar o dia aqui escrevendo a respeito (rsrs).

Se quiser continuar essa conversa num ambiente mais reservado, me manda um e-mail:

jjcbj1986@gmail.com

João, eu compreendo a sua angústia. Trabalho em uma empresa onde, para crescer, a regra era participar de processos seletivos (ainda é, mas houveram mudanças no formato). A primeira fase era composta de avaliação de conhecimentos e análise de currículo. A segunda era uma entrevista. Com relação à primeira fase, eu fiquei entre os dois primeiros lugares em pelo menos 6 ou 7 ocasiões, mas nunca fui a "escolhida" na entrevista e a justificativa era que eu não tinha perfil para a vaga ou que havia alguém mais preparado.

Num primeiro momento, foquei no que pareceu mais fácil. Achar que o mais importante era o "QI" (Quem Indica) e que não se levava em conta competência ou conhecimento. É bem verdade que o relacionamento com as pessoas certas abrem portas. Mas é só isso que basta? Obviamente não.

No meu caso, o problema é que nunca fui de ficar me vangloriando dos meus feitos, das minhas vitórias. Era o tipo de funcionária que recebia demanda, fazia (às vezes até mais do que o necessário) e pensava que isso era o bastante para ser observada. Infelizmente, em nossa cultura, o marketing pessoal é muito importante. Prova disto é a famosa frase "Quem não é visto, não é lembrado". Será que este não é um dos seus pontos fracos? Dedicar-se tanto à produtividade, ao trabalho em si e esquecer-se (ou ficar com medo) de aproximar-se da chefia imediata?

Outro fator importante: o quanto você se especializou em sua área de atuação? Será que focar-se só em seu atual trabalho basta? Já pensou em algum hobby que pode trazer-lhe qualidade de vida ou até um ganho financeiro? É importante manter a sua fonte de renda, mas pense de uma forma mais ampla.

Liste seus potenciais, você vai se surpreender... Não pare. Não desista de si. Não desista de crescer. Sucesso!