João, eu compreendo a sua angústia.
Trabalho em uma empresa onde, para crescer, a regra era participar de processos seletivos (ainda é, mas houveram mudanças no formato). A primeira fase era composta de avaliação de conhecimentos e análise de currículo. A segunda era uma entrevista. Com relação à primeira fase, eu fiquei entre os dois primeiros lugares em pelo menos 6 ou 7 ocasiões, mas nunca fui a "escolhida" na entrevista e a justificativa era que eu não tinha perfil para a vaga ou que havia alguém mais preparado.
Num primeiro momento, foquei no que pareceu mais fácil. Achar que o mais importante era o "QI" (Quem Indica) e que não se levava em conta competência ou conhecimento. É bem verdade que o relacionamento com as pessoas certas abrem portas. Mas é só isso que basta? Obviamente não.
No meu caso, o problema é que nunca fui de ficar me vangloriando dos meus feitos, das minhas vitórias. Era o tipo de funcionária que recebia demanda, fazia (às vezes até mais do que o necessário) e pensava que isso era o bastante para ser observada. Infelizmente, em nossa cultura, o marketing pessoal é muito importante. Prova disto é a famosa frase "Quem não é visto, não é lembrado". Será que este não é um dos seus pontos fracos? Dedicar-se tanto à produtividade, ao trabalho em si e esquecer-se (ou ficar com medo) de aproximar-se da chefia imediata?
Outro fator importante: o quanto você se especializou em sua área de atuação? Será que focar-se só em seu atual trabalho basta? Já pensou em algum hobby que pode trazer-lhe qualidade de vida ou até um ganho financeiro? É importante manter a sua fonte de renda, mas pense de uma forma mais ampla.
Liste seus potenciais, você vai se surpreender...
Não pare. Não desista de si. Não desista de crescer.
Sucesso!