Olá, Lorena! Tudo bem?
Sua pergunta é muito interessante e mostra que você está realmente mergulhando no conteúdo!
No caso das palavras "saudade" e "cafuné", que são exclusivas da língua portuguesa, elas podem sim ser consideradas um exemplo da Hipótese Sapir-Whorf, especificamente do "Determinismo Linguístico Fraco" (também conhecido como Whorfianismo Fraco).
De acordo com essa versão da hipótese, a língua que uma pessoa fala pode influenciar sua cognição e percepção, mas não a determina de forma rígida. Ou seja, a língua pode moldar nossas categorias de pensamento, enfatizando certos conceitos ou maneiras de ver o mundo, mas não impede completamente a compreensão de conceitos que não estão expressos na língua.
No caso de "saudade" e "cafuné", embora essas palavras sejam específicas do português, os sentimentos e ações que elas representam são universais e podem ser experimentados por pessoas de todas as culturas. No entanto, o fato de que temos palavras específicas para esses conceitos em português pode influenciar a maneira como damos atenção a essas experiências e emoções, e como as valorizamos em nossa cultura.
Por exemplo, a existência da palavra "saudade" pode nos fazer dar mais atenção ao sentimento de falta de algo ou alguém, e pode até nos fazer valorizar mais esse sentimento como parte de nossa experiência humana. Da mesma forma, a palavra "cafuné" pode nos fazer dar mais valor ao ato de acariciar o cabelo de alguém como uma forma de expressar carinho e intimidade.
Então, em resumo, sim, a existência de palavras como "saudade" e "cafuné" em português pode servir como um exemplo de como a linguagem pode influenciar nossa percepção e expressão de emoções e experiências.
Bons estudos!