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Escolha de método

Poderia esclarecer...Escolher o critério certo depende do tipo de sistema, da criticidade das funcionalidades e do equilíbrio entre esforço e benefício. Em alguns contextos, uma cobertura simples de linhas pode ser suficiente; em outros, pode ser necessário algo mais rigoroso, como cobertura de decisões ou mutações.

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Oi, Monica! Como vai?

Quando você precisa escolher qual critério de cobertura usar, o ponto principal é entender que não existe um ideal universal, existe o mais adequado ao contexto do sistema, ao risco envolvido e ao esforço que sua equipe pode investir.

Como escolher o critério da melhor forma

1. Avalie a criticidade do sistema

  • Baixa criticidade: ferramentas internas, aplicações simples.
    → Cobertura de linhas costuma ser suficiente para garantir que o básico está sendo exercitado.

  • Média criticidade: sistemas de negócio, APIs comuns, fluxos que impactam usuários.
    → Cobertura de decisões (branches) é mais adequada, pois garante que caminhos importantes foram testados.

  • Alta criticidade: financeiro, saúde, segurança, cálculos sensíveis.
    → Vale combinar critérios mais fortes, incluindo cobertura de mutação, para garantir testes realmente eficazes.

2. Olhe para o custo x benefício

  • Cobertura simples (linhas) é rápida, barata e já entrega visibilidade.
  • Cobertura mais profunda (decisões) dá mais confiança, mas exige mais testes.
  • Cobertura de mutação oferece o melhor indicador de qualidade dos testes, porém é a mais custosa.

A escolha deve otimizar benefício sem gerar um custo desnecessário.

3. Verifique a complexidade do código

  • Quanto mais regras, condições e cenários existirem, mais importante é garantir que todas as decisões tenham sido exercitadas.
  • Em códigos críticos ou muito usados por outros módulos, vale elevar o nível de rigidez do critério.

4. Use números como guia, não como obrigação
Você pode adotar metas como:

  • Linhas: 60–80%
  • Branches: 60–70%
  • Mutação: altos índices nos módulos críticos

Mas o mais importante: não escrever testes só para aumentar porcentagem, e sim focar no que reduz risco real.

5. Comece simples e evolua
Uma estratégia eficiente é:

  1. Começar com cobertura de linhas para mapear ausência de testes.
  2. Evoluir para cobrir ramos importantes.
  3. Aplicar cobertura de mutação em partes do sistema onde falhas seriam muito graves.

Assim, você melhora continuamente sem sobrecarregar o time.

Ou seja, escolha do critério ideal depende de:

  • Risco do sistema
  • Complexidade da lógica
  • Consequência de falhas
  • Esforço disponível para testes

O melhor critério é aquele que equilibra confiança, esforço e risco, mantendo o foco na qualidade real — não apenas no número.

Espero ter ajudado. Conte com o apoio do Fórum na sua jornada. Fico à disposição.

Abraços e bons estudos!

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