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Qualidade de escuta

Não acho que a aplicabilidade das estratégias estejam relacionadas a qualidade da escuta dos gestores, mas sim com seu interesse e com a criação de ambiente oportuno para realização das atividades. Quais empresas estão realmente dispostas a dispensar funcionários da atividade A e B que está no escopo da rotina de um gestor para que ele possa desenvolver uma nova atividade voltada para a disrupção? Qual empresa está disposta a considerar o erro, a falha, a reedição? O que vejo na prática é gestores com escuta excelente, mas desisteressa dos decisores. Ou quando os decisores resolvem aplicar algo do tipo teoria U o que ocorre é uma delegação de função para os gestores e a expectativa de resultados, existe pouca abertura para o experimento e a falha, os decisores dizem: você não fez o experimento X baseado na teoria U, qual resultado chegou? O encarregado do experimento não tem liberdade para dizer: não chegou em lugar nenhum porque os funcionários resistiram, fizeram sem vontade ou maquiaram o interesse para se livrar. Precisamos atuar numa outra direção. Enfim, não existe espaço para o experimento.

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Oi, Alessandro! Tudo bem?

Entendo perfeitamente suas preocupações e você traz pontos muito relevantes sobre a aplicabilidade da Teoria U em ambientes corporativos. É verdade que a disposição para mudança, a aceitação de erros e a criação de um ambiente propício são fatores essenciais para a implementação bem-sucedida de novas estratégias e abordagens, como a Teoria U.

No entanto, a qualidade da escuta, conforme mencionado por Otto Scharmer, é uma habilidade fundamental para a liderança e para a mudança. Ela não está apenas relacionada ao ato de ouvir, mas também à capacidade de entender e responder de maneira apropriada. Uma escuta de qualidade pode ajudar a identificar resistências, medos e preocupações que podem estar impedindo a implementação de mudanças. Além disso, pode ajudar a criar um ambiente de confiança e abertura, onde os funcionários se sintam confortáveis para expressar suas opiniões e ideias.

Por exemplo, um gestor que escuta ativamente seus funcionários pode perceber que eles estão resistindo a uma nova iniciativa porque não entendem seu propósito ou porque estão preocupados com as possíveis consequências. Com essa informação, o gestor pode então abordar essas questões de forma direta, explicando o racional por trás da iniciativa e discutindo preocupações.

Ainda assim, você está absolutamente certo ao dizer que a disposição para mudança e a aceitação de erros são igualmente importantes. Sem esses elementos, mesmo a melhor escuta pode não ser suficiente para conduzir a mudança efetiva.

Espero ter ajudado e bons estudos!

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