EMPREGANDO A IA PARA APRIMORAR A QUALIDADE DE VIDA E DA SAÚDE DO MÉDICO
Por Ricardo Costa Val do Rosário, ChatGPT 4.0 Plus e Microsoft Copilot
1. Introdução
Na medicina, fala-se muito sobre saúde, mas pouco se cuida da saúde de quem a promove.
Uma frase marcante dita pela minha terapeuta ainda ressoa: “Na Saúde, o que menos se tem
são pessoas saudáveis.”Os dados revelam que médicos têm maior risco de adoecer mentalmente, enfrentar síndrome
de burnout, desenvolver ideação suicida e morrer mais cedo do que outros profissionais com o
mesmo nível educacional.Este artigo traz uma reflexão urgente sobre esse paradoxo e faz um chamado à ação.
2. Relevância do Tema
A saúde do profissional da saúde impacta diretamente a segurança do paciente. Ignorar esse problema
resulta em:
1. Erros clínicos evitáveis;
2. Abandono precoce da carreira;
3. Aumento do absenteísmo e do adoecimento coletivo;
4. Casos fatais de suicídio, exaustão e acidentes relacionados à fadiga.
Cuidar de quem cuida é uma estratégia de segurança, ética e humanística.
3. Cenário Atual: A Realidade Invisível
# Expectativa de Vida
1. Médicos homens vivem em média 69,1 anos, contra 72 anos da população geral masculina.
2. Médicas têm expectativa de 59,2 anos, contra quase 80 anos das mulheres brasileiras.
# Doenças Mentais e Burnout
1. 27% dos estudantes de medicina têm depressão; 11% relatam ideação suicida.
2. 28,8% dos residentes relatam sintomas de depressão.
3. Em um grande centro de trauma de Minas Gerais, ao longo de 27 anos, tomei conhecimento da
triste história de 7 casos de ideação suicida que foram consumados por colegas de profissão.
# Uso de Substâncias
1. Médicos têm maior acesso a psicotrópicos.
2. Cerca de 14,5% experimentaram cannabis; o uso abusivo é mais comum como escape
do estresse.
# Assimetrias de Gênero
Médicas enfrentam mais riscos de:
1. depressão,
2. esgotamento,
3. abortos espontâneos,
4. assédio institucional.
# Violência e Fadiga
A exposição à violência em unidades lotadas é comum. Muitos profissionais acabam
dormindo ao volante após plantões exaustivos; eu mesmo perdi um colega dessa forma.
4. Ações de Mitigação
# Ambientes Institucionais Seguros
1. Grupos de escuta ativa;
2. Roda de conversa interprofissional;
3. Supervisão psicológica estruturada.
# Medicina Inteligente a Favor do Cuidador
1. IA e Deep Learning para detectar síndrome de burnout e tristeza pela análise
de voz e texto;
2. Wearables com sensores de estresse, fadiga e arritmias;
3. Assistentes virtuais que realizam check-ins emocionais e orientam pausas.
# Intervenção Automatizada
1. Algoritmos interpretam sinais visuais, auditivos e fisiológicos;
2. Sugestão de pausas e técnicas de mindfulness.
3. Encaminhamento automático para suporte humano.
# Formação Humanizada
1. Introdução de disciplinas de autoconhecimento, empatia e
espiritualidade;
2. Integração com o conceito de ikigai.
5. Benefícios de Agir
1. Redução do absenteísmo e erros clínicos;
2. Retenção de talentos no setor público;
3. Ambiente institucional mais saudável e empático;
4. Reforço do propósito profissional.
6. Malefícios da Impassividade
1. Naturalização do sofrimento alheio;
2. Abandono da medicina;
3. Crescimento de uma medicina desumanizada;
4. Autoextermínio crescente entre profissionais.
7. Considerações Finais
1. “Medice, cura te ipsum” — Jesus teria dito aos seus conterrâneos, não como uma ordem moral,
mas como um chamado existencial.
2. Cuidar de si é um ato de resistência, um gesto de lucidez, uma revolução em um sistema que
adoece quem tenta curar.
3. A medicina inteligente deve ir além de tratar o paciente, ela deve também acolher o médico. Porque
o cuidado é mais eficaz quando nasce de um profissional inteiro, e não de um sobrevivente.