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O Conhecimento não é empirista

Tenho um ponto de discordância com o professor que é importante destacar sobre o conhecimento. Ele não é empirista. Apesar de existirem epistemologias empiristas sobre a aprendizagem e o conhecimento (como René Descartes, Skinner, Pavlov ou Thorndike), o que se observa, principalmente olhando sob uma perspectiva mais crítica na aquisição de conhecimento é que esse processo é feito de forma relacional e a partir da mediação. Wallon discute sobre o processo de aprendizagem e a mediação já na primeira infancia e a gente observa isso no sistema escolar infantil e adulto. Nas relações de trabalho, a experiência e o conhecimento adquirido pelas organizações acontecem a partir da mediação entre indivíduos. Se há o método tentativa-e-erro é porque precisamos revisitar as metodologias que estamos usando para aperfeiçoar o trabalho dos colaboradores e medir a sua zona de inteligência proximal, conceito defendido por Vygotsky para falar sobre a inteligência e aprendizagem.

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Jonas, bom dia! Eu arriscaria dizer que em uma escola a mediação é algo até inerente ao dia a dia, se houver um mínimo de estrutura pedagógica. Já nas empresas pode existir, por iniciativas de algumas boas lideranças, uma inclinação tácita para criar estruturas o aprendizado, mas sem muito método (afinal, numerosas empresas estão lutando por coisas mais básicas, como sobreviver, por exemplo). Neste cenário, o "aprendizado" no ambiente corporativo segue não só por tentativa-e-erro como também não fica "retido" no lugar, porque as pessoas que erraram-e-aprenderam já foram embora! Claro que a maior ou menor intensidade disto depende da maturidade da organização.

Eu acrescentaria uma reflexão simples, mas na qual acredito: bons líderes são bons professores. Assim, uma empresa com bons líderes promove a mediação e, consecutivamente, o desenvolvimento dos liderados.

Compreendo. Dessa forma, é possível notar que o conhecimento não é empirista, pois nele há sim mediação e ela não é inerente - ela depende de uma série de fatores como tempo, pessoal estrutura, cultura organizacional, tomada de decisões, distribuição de poderes e compreebnsões de linguagem. Como acontece com qualquer método de conhecimento. Tem um livro muito bom, do Wallon sobre conhecimento e desenvolvimento humano, no qual estou me aprofundando mais que se chama "Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil", é um livro mais teórico da área da Psicologia, no qual abordam algumas questões. É possível observar que na relação que há aprendizagem e não na mera experiência, até por que toda experiência é mediada e dependendo da mediação, as experiências e, logo, o aprendizado é totalmente diferente. No contexto organizacional não é muito diferente; conforme são as estruturas que as empresas provém de conhecimento e da gestão do conhecimento, a gente vê o processo de aprendizagem, mesmo nos cargos mais sêniors das organizações.