Ola
No teste de inteligências múltiplas, é comum que o resultado não reflita totalmente a realidade, especialmente quando a pessoa vive situações de sobrecarga sensorial, ansiedade social ou dificuldades em interpretar perguntas mais subjetivas. Esses fatores podem influenciar sua autoavaliação.
Você mencionou que teve três pontos em inteligência linguística. Mesmo que pareça pouco, já é um indicativo de base para desenvolver comunicação assertiva. Comunicação assertiva não depende apenas de habilidade linguística, mas de consciência emocional, clareza de intenção e prática estruturada. Pessoas no espectro costumam se sair muito bem quando têm métodos claros.
Algumas formas de avançar:
- Trabalhe com roteiros. Preparar previamente o que você quer comunicar ajuda a reduzir ansiedade, dá segurança e torna a fala mais clara.
- Use comunicação direta. Uma das características de muitas pessoas com TEA é a objetividade. Isso é uma vantagem na comunicação assertiva, que justamente valoriza clareza e honestidade sem agressividade.
- Observe padrões. Registrar situações em que sua comunicação fluiu bem e aquelas que trouxeram frustração ajuda a identificar gatilhos e ajustar estratégias.
- Pratique em ambientes controlados. Conversas planejadas, mensagens escritas e reuniões curtas permitem treinar habilidades sem sobrecarga.
- Reforce suas forças cognitivas. Talvez você não tenha se identificado com as categorias do teste, mas isso não significa ausência de inteligência. Significa que suas habilidades podem aparecer de forma diferente, menos convencional. Muitas pessoas no espectro possuem raciocínio lógico forte, foco profundo, sensibilidade a detalhes, pensamento visual ou hiperconcentração em temas específicos. Isso tudo são formas válidas de inteligência.
Por fim, comunicação assertiva não exige se encaixar perfeitamente em nenhum “tipo” de inteligência. O que importa é conhecer como você funciona, reconhecer seus limites e usar suas características como ponto de apoio, não como obstáculo.