ARTIGO ORIGINAL
Docstrings na Comunicação Médica Inteligente: Do que você precisa saber.
Por Ricardo Costa Val do Rosario e ChatGPT 5.0 Plus
1. Introdução
1. Na computação, docstrings são blocos de documentação inseridos diretamente no código, utilizados para descrever
a função, classe ou módulo a que pertencem.
2. Mais do que comentários, elas estruturam o conhecimento de forma padronizada, permitindo que tanto humanos
quanto máquinas compreendam melhor o objetivo e o funcionamento de determinado trecho de código.
3. No contexto da Comunicação Médica Inteligente, a adoção de princípios similares aos docstrings pode revolucionar a
maneira como organizamos informações clínicas, relatórios técnicos, protocolos e dados de Tecnovigilância.
2. O que são Docstrings
1. São cadeias de texto escritas dentro de aspas triplas (""" ... """) em Python.
2. Podem explicar o propósito de um código, parâmetros de entrada, retornos e exceções.
3. Servem como documentação viva, pois ficam integradas ao programa e podem ser acessadas dinamicamente por
desenvolvedores, sistemas de suporte e até por IAs.
Exemplo em Python:
def calcular_risco(evento_adverso: str, gravidade: int) -> float:
"""
Calcula a probabilidade ajustada de risco em um evento adverso clínico.
Parâmetros:
evento_adverso (str): Tipo de evento adverso (ex: "infecção hospitalar").
gravidade (int): Escala de 1 a 10 representando a gravidade do caso.
Retorno:
float: Probabilidade de ocorrência ajustada para o perfil do paciente.
"""
return gravidade * 0.1
3. Relevância na Comunicação Médica Inteligente
- Assim como no código, docstrings podem ser adaptadas para a Medicina:
1. Protocolos clínicos: descrição padronizada de etapas, objetivos e critérios de inclusão/exclusão.
2. Relatórios de Tecnovigilância: documentação clara de parâmetros analisados e riscos identificados.
3. Interoperabilidade em saúde digital: padronização de informações para que diferentes sistemas (EHR, dashboards,
IA hospitalar) compreendam e compartilhem dados.
4. Ensino e pesquisa: criação de guias automatizados que auxiliam residentes e estudantes de Medicina na compreensão
de condutas.
4. Vantagens
1. Clareza: melhora a comunicação entre profissionais de saúde e sistemas computacionais.
2. Padronização: reduz ambiguidades em protocolos e relatórios.
3. Automatização: IA pode “ler” e utilizar docstrings para apoiar diagnósticos e auditorias.
4. Integração: facilita o intercâmbio de dados entre hospitais, órgãos reguladores e sistemas inteligentes.
5. Desafios
1. Complexidade semântica: a tradução de linguagem médica para docstrings exige rigor científico.
2. Ética e privacidade: necessidade de anonimização de dados sensíveis.
3. Adoção institucional: padronização depende da adesão de equipes multiprofissionais e gestores.
6. Caso Prático – Tecnovigilância
- Um sistema hospitalar pode utilizar docstrings para descrever algoritmos de monitoramento de DM:
def monitorar_dispositivo(id_dispositivo: str, sinais_vitais: dict) -> bool:
"""
Avalia se um dispositivo médico apresenta sinais de falha ou risco ao paciente.
Parâmetros:
id_dispositivo (str): Identificação única do dispositivo em uso.
sinais_vitais (dict): Conjunto de dados monitorados (ex: {'PA':120/80, 'FC':72}).
Retorno:
bool: True se risco detectado; False caso contrário.
"""
# Algoritmo de checagem de risco
return sinais_vitais.get("PA", 0) > 180
- Esse modelo, aplicado a protocolos, pode ser integrado a sistemas de Tecnovigilância, permitindo
auditorias rápidas e rastreabilidade científica.
7. Futuro Próximo
- No futuro, docstrings médicas poderão:
1. Ser consultadas por chatbots médicos, auxiliando na triagem e suporte.
2. Alimentar dashboards hospitalares com explicações automáticas de indicadores.
3. Constituir uma base de conhecimento padronizada para órgãos reguladores como a ANVISA.
8. Conclusão
- Docstrings vão além de uma ferramenta de programação; são um modelo de comunicação estruturada que,
aplicado à Medicina, pode trazer mais segurança, transparência e eficiência no cuidado ao paciente.
- A Comunicação Médica Inteligente do futuro pode se basear exatamente nessa lógica: clara, padronizada e acessível
tanto a humanos quanto a máquinas.