Boa noite, Jose Luiz! Grato por sua colocação. As iniciativas que circulam pelo funil de ideias se assemelham mais a itens atravessando um sistema de produção puxada Kanban, onde a grande métrica é o lead time (de fato, como você citou, métricas são importantes). Tal lead time deve ser gerenciado e reduzido.
Se usarmos cronograma para definir o andamento de etapas dos fluxos de inovação, as pessoas vão trabalhar mais para cumprir cronograma do que para analisar cada ideia com a devida profundidade. Acelerar uma análise crítica de uma ideia estratégica e disruptiva para cumprir cronograma valeria a pena?
Na gestão do funil, se uma ideia ficar "empacada" em algum ponto, o núcleo de governança deve questionar. Mas impor uma data para a conclusão da análise seria como exigir um cronograma de uma equipe que esteja pesquisando a cura de uma doença: não vai ser possível o compromisso com uma data, por não se tratar de empreitada "repetível e previsível".
Na fase de experimentação, que tem um caráter um pouco mais de projeto, se não for possível aplicar o Ágil, caberia talvez o uso de cronogramas. E nas implementações, que têm caráter mais ainda de projeto, caberia um cronograma se o produto não for complexo (ou seja, não envolver software ou itens cujo escopo não possa ser detalhado a priori).