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Cronograma? Devemos ou não ter

Na aula 3 video 4, o instrutor fala q NÃO DEVEMOS TER UM CRONOGRAMA. Descordo.

Devemos sim ter um cronograma, com datas definidas para cada etapa VARIANDO DE ACORDO com a complexidade e prioridade do projeto de inovação.

Como foi citado em aulas anteriores: O que não se mede não se gerencia. Se não temos timebox definidos (que podem inclusive ser estendidos conforme necessidades pontuais) como vamos gerenciar?

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Boa noite, Jose Luiz! Grato por sua colocação. As iniciativas que circulam pelo funil de ideias se assemelham mais a itens atravessando um sistema de produção puxada Kanban, onde a grande métrica é o lead time (de fato, como você citou, métricas são importantes). Tal lead time deve ser gerenciado e reduzido.

Se usarmos cronograma para definir o andamento de etapas dos fluxos de inovação, as pessoas vão trabalhar mais para cumprir cronograma do que para analisar cada ideia com a devida profundidade. Acelerar uma análise crítica de uma ideia estratégica e disruptiva para cumprir cronograma valeria a pena?

Na gestão do funil, se uma ideia ficar "empacada" em algum ponto, o núcleo de governança deve questionar. Mas impor uma data para a conclusão da análise seria como exigir um cronograma de uma equipe que esteja pesquisando a cura de uma doença: não vai ser possível o compromisso com uma data, por não se tratar de empreitada "repetível e previsível".

Na fase de experimentação, que tem um caráter um pouco mais de projeto, se não for possível aplicar o Ágil, caberia talvez o uso de cronogramas. E nas implementações, que têm caráter mais ainda de projeto, caberia um cronograma se o produto não for complexo (ou seja, não envolver software ou itens cujo escopo não possa ser detalhado a priori).