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CNV - 2 Receber com empatia - Comentário

É interessante saber que muitos comportamentos do cotidiano podem ser encaixados em situações onde não somos empáticos, mesmo achando que tivemos a empatia na situação. Exemplo: Solidarizar-se com a pessoa, trazer conselhos e consolar o outro durante a situação apresentada. Então, desta forma, com base nos conceitos apresentados na video aula, como podemos melhorar nossa comunicação quando o outro já espera os tipos de comportamentos apontados? Uma vez que, ao imaginarmos uma relação de amizade, por exemplo, o vínculo resulta nas possibilidades de aconselhar, consolar, solidarizar-se pela pessoa e até mesmo corrigir um ato que foi errado, com a finalidade que ele possa aplicar coisas boas.

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Olá, Gabriel! Sua dúvida é realmente muito relevante e acredito que muitas pessoas se identificam com ela. A Comunicação Não Violenta (CNV) é um processo contínuo de aprendizado e prática.

Como você mencionou, é comum em nossas relações cotidianas termos a tendência de aconselhar, consolar, solidarizar-se e até mesmo corrigir o outro. No entanto, a CNV nos convida a mudar esse comportamento e a focar em escutar e compreender o outro, sem julgamentos ou conselhos não solicitados.

Entendo que pode ser desafiador, especialmente quando o outro já espera esses tipos de comportamentos. No entanto, acredito que a chave para melhorar nossa comunicação nesse sentido é a prática constante da empatia ativa, que envolve realmente escutar e tentar compreender o que o outro está sentindo e precisando, sem tentar "resolver" o problema por ele.

Por exemplo, em vez de dizer "Você deveria fazer isso", que é uma forma de aconselhamento, você poderia dizer "Eu entendo que você está passando por um momento difícil. Como você acha que poderia lidar com isso?". Isso abre espaço para a pessoa expressar suas próprias necessidades e encontrar suas próprias soluções.

E, em vez de consolar dizendo "Não foi sua culpa, você fez o melhor que pôde", você poderia dizer "Parece que você está se sentindo culpado. Você gostaria de falar mais sobre isso?". Isso permite que a pessoa explore seus sentimentos em vez de simplesmente tentar fazê-los desaparecer.

Além disso, é importante que você estabeleça o seu limite, para o caso de alguém esperar algo que não corresponde ao que você pretende oferecer no momento. Ao sustentar essa posição, é possível estabelecer vínculos e continuar melhorando com os amigos.

Espero ter ajudado e bons estudos!

Nesta lição, chamou-me a atenção a questão de consolar. Antes eu entendia isso como uma forma de empatia....

Oie, Lu, tudo bem?

A grande virada de chave é compreender que apenas "emprestar" seus ouvidos para aquele que precisa ser escutado já é um grande gesto de empatia. Por isso orienta-se que, ao invés de apenas consolar dizendo "não fique assim, você foi bem", damos a chance da pessoa falar mais sobre o que sente e como se sente. Quando nos sentimos ouvidos e compreendidos, fica mais fácil lidar com o problema, e o 'consolo' acabará sendo a própria escuta, que foi ativa e se importou genuinamente com o que foi dito.

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