Aos 5:20 do vídeo o instrutor diz:
Se você olha para o início, antes de 1900, 1880,
quando começaram a surgir os conceitos de gestão,
gestão científica e afins, o trabalho era muito instável.
Podemos lembrar dos artesanatos e de como
as coisas eram feitas de forma amadora.
Acho que este detalhe nesta aula mancha significativamente a boa impressão que temos dos cursos da Alura, pegou mal.
Conceito totalmente equivocado e que não posso omitir opinião, precisam corrigir rapidamente este grave erro, já ocorrido no primeiro curso da formação Ágil, quando também apresentaram história da produção e trabalho, mas tinha sido mais "leve", por isso nem comentei naquele momento.
É compreensível, de certa forma, esta visão deturpada, pós-industrial, de que o artesanato é "feito de forma amadora".
Errado!!!!!
Completamente errado.
Se estudar a história da produção material, ficará bem claro que "feito de forma amadora" era a produção industrial em seus primeiros momentos, enquanto a manufatura praticada pré-revolução industrial era altamente qualificada, realizada com maestria e precisão pelos mestres artesãos e seus aprendizes, por sinal, qualidade que a indústria buscou e investiu muito e só alcançou algo semelhante muuuito tempo depois.
Justamente esta maestria manual foi a causa para encontrar soluções de produção mais acessíveis, baixar custo e ampliar a oferta, atendendo a crescente demanda da sociedade burguesa que se estabelecia com maior contingente populacional e menor poder aquisitivo se comparado com a realeza e nobreza que estava "saindo de cena".
As soluções encontradas naquela época estão parecendo bem semelhantes ao que nos mostram agora com o método ágil, antes o feito do que o bem feito, apresentar solução para sanar problema imediato e depois avaliar e corrigir. Se essa análise tivesse sido feita, com as devidas "correções de projeto", não teríamos chegado ao impasse que a produção em larga escala nos causou e também não teríamos um site do manifesto ágil que já completa duas décadas e ainda sofre falta de bom design.
Apresentar soluções “meio incompletas” para depois avaliar e corrigir erros pode ser bem fatal quando se está à beira do abismo e a solução é engatar a primeira e acelerar com tudo!