Realmente, mais difícil do que aceitar que vc tem a síndrome, é aceitar que vc é portador de características positivas e de talentos.
Características positivas - Autonomia, independência, adaptação, sentimentos e intuição muito presentes, procuro me adaptar a qualquer local, sempre motivado e trabalhar com positivismo, procuro conhecer um pouco de cada coisa ara ter repertório, pratica e bom desempenho em tudo que faço, conquistas como carro, casa, bom emprego desde cedo, comunicativo, respeitador e muito espiritualizado.
Pq Histórico - Desde cedo, aprendi a viver sozinho e me virar do jeito que era possível. Após 3 tentativas mal sucedidas de suicídio e ser reconhecido como " filhinho da mamãe e (desculpe o termo vulgar - Bichin... como era chamado - porque era filho único e sempre gostei de ficar lendo e estudando desde pequeno) nunca gostei de balada - sou musico Autodidata e desde os 4 anos aprendi a ler sozinho - sempre fui independente e por isso estava sempre sozinho - nunca curti balada, muito menos agitação ou bagunça - As vistas dos meus pais isso era o fim - Tentaram me colocar num colégio alegando que por ser Homo - era doente - não deu certo.
Desde então as tentativas, o abandono, a falta de afetividade me condicionou a decidir, desde cedo a trabalhar e lidar com todas essas diferenças (desde os 11 anos). Não considero a familia apenas como um dos elementos, mas ja consigo perdoá-los e aceitar que de alguma forma tinha de ser assim.
Meu tratamento psicológico iniciou aos 21 anos após um enfarto, pois descobri que morrer é mais fácil do que se diz - e que os problemas irão apenas ciclar em todas as outras vias - saí da cidade onde mais pais viviam e fui buscar um outro local. Passando pelos ciclos da vida, apenas em 2016 resolvi mexer psiquicamente nos meus problemas afetivos e de identidade - tenho disforia de gênero - e portanto faço transição.
Meu maior problema foi ter deixado minhas emoções, minha intuição e sexualidade pendente - maior simbologia do esquecimento de si mesmo. As coisas não acontecem quando não há alguem a frente delas.
Hoje posso afirmar que sou mais livre, vivendo em transição de identidade, reconheço ser portador da síndrome do impostor pois tenho diversas das características citadas, mas faço um trabalho de aceitação, reconquista da minha essência, emoções e da minha historia reescrevendo-a de outra forma.
Não é e não será fácil, mas busco me preparar dando um novo sentido e foco incluindo novos aprendizados na Alura, sanando não apenas o impostor, mas me reinserindo no mercado tecnológico, permitindo assim ter um restante de vida um pouco mais feliz, mais coerente com aquilo que me traz Amor próprio, respeito, paz e posso compartilhar sentimentos bons e assertivos com aqueles que estão ao meu redor. Tenho orgulho do que sou e do que posso ainda fazer.
Nada é tão ruim ou difícil, que não possa apresentar um lado positivo e otimista na vida, e claro ser resolvido de algum modo.
Creio que seja isso - Obrigado
