Acredito que um dos maiores desafios para a inovação é a conquista de tempo para contemplação e criatividade.
A pressão por resultados imediatos, frequentemente, nos distancia da oportunidade de engajar em períodos de ócio produtivo, cruciais para o desenvolvimento de ideias inovadoras. É justamente nesses momentos de pausa, longe da agitação cotidiana, que temos a capacidade de estabelecer conexões inesperadas e valiosas, permitindo-nos visualizar soluções para problemas sob perspectivas diferentes. Pensando nisso, os pontos que mais me preocupam são:
Falta de Tempo: Como encontrar tempo para essas pausas?
Pressão por produtividade constante: Como evitar que a pressão constante por produtividade e entrega de resultados se torne um obstáculo para a exploração de novas ideias e abordagens e nos leve a repetir soluções convencionais?
Subvalorização do ócio criativo: Sinto que há uma tendência cultural de ver o ócio como algo negativo ou improdutivo;
Desafios da interdisciplinaridade: Imagino que a inovação surja na interseção de diferentes campos do conhecimento, o que requer um ambiente que promova a diversidade de pensamento e experiência. Como criar e manter esses ambientes?
Equilíbrio entre tecnologia e humanidade: No que tange a inovação tecnológica, minha preocupação é em como equilibrar os avanços tecnológicos com as necessidades e valores humanos. Como garantir que a tecnologia sirva para resolver problemas reais de forma ética e sustentável, sem criar novos problemas ou agravar desigualdades existentes?
Enxergo a última preocupação como a mais sensível e complexa, uma vez que ela adentra um território profundamente subjetivo: os valores que compartilhamos enquanto sociedade.