Se eu fosse iniciar um processo de Design Thinking para apoiar um projeto, começaria pela fase de imersão, buscando compreender profundamente o contexto, o usuário e o problema antes mesmo de pensar em soluções. Para isso, utilizaria uma combinação de abordagens complementares.
A primeira delas seria a observação contextual, semelhante ao que Laura realizou. Eu acompanharia o usuário em suas atividades cotidianas, procurando perceber comportamentos, dificuldades, improvisações e momentos em que algo atrapalha sua experiência. Essa abordagem silenciosa e não intrusiva ajudaria a revelar necessidades latentes — aquelas que o usuário muitas vezes nem sabe expressar.
Em seguida, aplicaria a entrevista empática, envolvendo conversas abertas e guiadas por curiosidade genuína. Meu foco seria compreender suas motivações, valores, frustrações e expectativas. Perguntas abertas como “O que você mais gostaria que fosse diferente nesse processo?” permitiriam explorar nuances que a observação por si só pode não capturar.
Outra abordagem importante seria a imersão ativa, na qual eu mesmo realizaria as tarefas ou vivenciaria o contexto do usuário. Essa prática aproxima o pesquisador da realidade enfrentada, revelando sentimentos e barreiras que ficam evidentes apenas quando se experimenta na prática. É um exercício de empatia profunda.
Eu também utilizaria ferramentas de mapeamento, como jornada do usuário e mapas de dor e oportunidade. Ao organizar visualmente as descobertas, é possível identificar padrões, pontos críticos e áreas com maior potencial de inovação.
Por fim, faria uma etapa de síntese colaborativa, reunindo todos os achados e transformando-os em insights claros. Nesse momento, surgiriam as primeiras hipóteses de problema, que poderiam ser testadas e refinadas em contato com os próprios usuários.
Esse conjunto de abordagens cria um processo de descoberta rico e centrado no ser humano, garantindo que as soluções futuras não apenas funcionem, mas realmente façam sentido na vida de quem as utilizará.