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Persona x Arquetipo

Ola,

Tenho visto cada vez mais o uso de arquétipos na construção de imagem, comunicação e conteúdo. Não sei dizer se isso é moda ou se de fato é pertinente, mas sendo algo que a midia social vem adotando como tem sido o merge entre persona e arquetipo? Como isso se dá? Não consigo encaixar a duas e ver sua complementariedade. Poderiam dar um exemplo por favor?

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Oi, Nathália!

O conceito de arquétipos é bem fascinante, foi herdado da psicologia (Jung) e diz respeito a padrões que, segundo ele, são reconhecidos e repetidos por nós através das gerações. Eles são universais, então não são tão afetados por aspectos culturais ou temporais - podemos dizer que são mais perenes. Eles ganharam bastante destaque no marketing/publicidade principalmente pelo empoderamento do conteúdo e do storytelling em contrapartida às campanhas mais "frias" de alguns anos atrás.

Creio que é justamente por isso que ele vem em vários casos sobrepondo o conceito de persona, que na minha visão era uma tentativa mais superficial de fazer um recorte/segmentação do público sem necessariamente refletir sobre aspectos mais profundos de comportamento.

Vou tentar dar um exemplo de como podemos fazer uma mistura dos dois:

Você quer produzir sobre viagem e definiu que a sua persona são jovens, que ainda não constituíram família, com um bom poder aquisitivo e que costumam consumir conteúdo relacionado nas redes sociais. Você pode encaixar o arquétipo do Explorador para guiar toda a sua estratégia de comunicação (por definição: o explorador gosta de liberdade, fugir da rotina, se mostra abert@ a novas experiências e tem receio de viver uma vida sem sentido).

Ou você pode definir, por exemplo, que o seu público são casais de mais idade, que também contam com bom poder aquisitivo, viajam todo o ano, mas priorizam o aspecto cultural da experiência. Nesse caso você pode encaixar o arquétipo de Sábio (por definição: prioriza a informação, é criterios@ ao analisar e relativamente cético, precisa de uma boa base para ser convencid@ ou dar credibilidade ao conteúdo/serviço).

Na verdade a tônica é: quanto mais você refletir sobre e conhecer o seu público (seja através de arquétipos, personas, hipóteses ou mesmo dados a que você tenha acesso com base nas interações, campanhas...) mais fácil será gerar um conteúdo de valor e que traga um bom retorno de engajamento.

Um abraço!

Uau. Primeiramente sua resposta agregou demais que incrívele eu realmente agradeço. Qtos as personas, posso entender que ao criar ela, estamos criando um conjunto de hipóteses que podem nao ser exatamente verdadeiro e que devemos ir validando a medida que camos conhecendo mais nosso público? Considerando que eu ja tenha uma longa base de dados, com idade, sexo, cidade, estado, renda etc. Posso partir daí a construção da minha Persona? Se sim corro o risco de assumir premissas ou verdades que podem me "cegar" a outras oportunidades de público?

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solução!

Isso mesmo! Quanto mais informações demográficas você tiver do público (supostamente) melhor entenderá alguns padrões de comportamento. Essa premissa é bem mais forte com um "raio próximo", mas vai se distanciando a partir do momento em que aspectos geográficos/culturais podem afetar as tendêcias de consumo, por exemplo.

É claro que hoje com a internet muitos desses padrões tendem a se "homogeneizar", mas mesmo assim, só analisando os nossos círculos sociais, dá pra entender o quanto é difícil tentar estereotipar. Na minha percepção é muito mais fácil tentar trabalhar o seu produto ou serviço com base na transformação que pretende gerar e mexer com esses sentimentos mais profundos de arquétipo mesmo (descoberta, ambição, paixão...) do que apostar cegamente em dados objetivos.

Um assunto que conecta bastante com isso é copywriting ou storytelling, porque buscam justamente estruturar as "cartas de venda" ou as histórias com essa noção de jornada (você está aqui > você quer isso > eu precisa disso / eu tenho ou sei como chegar nisso > você chegará aqui ).

Um abraço!