Respondendo à primeira atividade do curso, a pergunta tem seu grau de abstração e filosofia. Compreendo experiência como um conhecimento que obtemos sensorialmente. A palavra é normalmente associada a uma ampla vivência em determinada situação, mas creio que ela seja mais ampla. Quando tateamos algo, cheiramos a chuva, olhamos para uma obra de arte (literária, plástica ou audiovisual) , estamos tendo ações que conformam experiências de vida que, inclusive, nos trazem consequências menos materiais, como sentimentos de alegria, felicidade, amor, ódio e outros.
Quando o resultado é prazeroso, é comum que o indivíduo queira reviver aquele sentimento reproduzindo a experiência que lhe causou a sensação. Já ouvi muitas vezes de algumas pessoas que gostariam de esquecer tudo que viram/leram sobre determinado livro, série ou filme apenas para ter o prazer de experimentar aquilo pela primeira vez de novo. Nem sempre as coisas precisam ser tão radicais; quando fazemos a nossa comida preferida, ou praticamos o esporte que amamos, fazemos com a expectativa de que a sensação positiva que sentimos nas outras vezes seja aqui reproduzida. Quando o resultado fica abaixo do esperado, dizemos que "enjoamos" daquilo.
Nesse sentido, creio que trabalhar com UX seja uma prática atrelada a uma busca por trazer boas sensações ao usuário que faz uso de determinado produto, fazendo com que ele, pela experiência positiva, sinta-se à vontade para retornar. Claro, é difícil que um produto possa competir com a sensação de comer o bolo quentinho da vó, que sempre queremos repetir, mas aí seria uma competição desleal.