Meu maior talento é ser uma pessoa planejada. E, para isso, sou organizado, disciplinado, cumpro prazos e, a partir que decido o planejamento, acredito que o que planejei alcançar, seja em quaisquer aspectos de minha Vida, acontecerá do jeitinho que foi planejado. Às vezes, surpreendo-me quando o resultado é melhor do que o planejado. Mas, às vezes, apesar de o meu planejamento e resultado ter dado certo, sou criticado era criticado por minhas Chefes, após ter tido Burnout.
Quanto a isso, meu terapeuta me ensinou o seguinte: Wendell, vc é um excelente profissional. Preocupe-se em cumprir a missão que lhe foi dada pelas suas Chefes e com o que vc pode controlar, para executá-la. A partir do momento que a cumprir e entregar o seu melhor resultado, dentro do prazo por elas estabelecido, saiba que, a partir daí, a coisa não está mais sobre o seu controle, ou seja, caso elas não gostem de seu trabalho, não se martirize. Proponha a elas a sua substituição, haja vista a perseguição que começou a sofrer, desde que apresentou o atestado médico com o diagnóstico de burnout e necessitou ficar afastado de seu trabalho. Vc é bom no que faz. Tanto que já o faz há 13 anos e nunca obteve reclamação alguma de outros ou outras Chefes, pelo contrário, recebeu medalha por 10 anos de bons serviços prestados ao Exército Brasileiro, como Oficial (Capitão) e, ainda, ganhou também o Diploma de Agradecimento por 10 anos de bons serviços prestados ao Ministério Público Federal. Ou seja, vc é bom. Continue fazendo as coisas como já o vem fazendo. Se suas atuais Chefes passaram a criticar os resultados, que, antes da apresentação do atestado médico por burnout, eram elogiados por elas mesmas e vc não mudou sua forma de trabalhar (com planejamento e seus derivados), o problema já não é com vc, mas é com elas, algo que vc não pode controlar. Então, não se preocupe, levante a cabeça, tenha a consciência de que vc é bom e sugira a sua substituição por outrem que as atenda (o que aconteceu, quando ganhei a única vaga do Brasil em um concurso de remoção interno, no âmbito do MPU, para trabalhar em outro lugar, qual seja, a Procuradoria-Geral de Justiça Militar da União, local que está acima daquele onde eu trabalhava, qual seja, a 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília.
Então, hoje me sinto feliz por poder continuar a ser o mesmo profissional com este meu ponto forte, por mim reconhecido e aceito, trabalhando em um lugar muito melhor que aquele e com a consciência estoica (me preocupo, hoje, com o que posso controlar. O que não posso controlar, bem, não me preocupa e relaxo com a consciência de que fiz o meu melhor.