Olá!
Primeiramente, queria parabenizar pelo curso, super didático e objetivo!
Acabei de finalizá-lo e tenho apenas uma crítica, a qual é referente às Marcas "sinônimo", isto é, as marcas que passaram a identificar determinado tipo de produto ou serviço, tais como Maizena, Cotonettes, Gilette, etc.
Logo no começo do curso, vocês utilizam essas marcas como "cases de sucesso", mas gostaria de deixar uma reflexão sobre o tema.
Sou advogada especialista em proteção de marcas e posso afirmar que, do ponto de vista jurídico (e, consequentemente, do ponto de vista de business também), o maior pesadelo de uma empresa é ver sua marca virar sinônimo de um produto/serviço. Explico.
Em linha com o conceito de marca do David Aaker, resumo que uma marca tem 2 objetivos simples: o 1º é diferenciar seu produto/serviço daqueles oferecidos pelos seus concorrentes, e o 2º é, para os consumidores, é identificar a origem de um produto/serviço dentre as opções disponíveis.
Quando ocorre a “diluição da marca” (nome jurídico que damos para esse fenômeno em que a marca se transforma em sinônimo), o consumidor deixa de associar o fornecedor com o seu produto/serviço e passa a consumir outro idêntico ou similar do concorrente. Isso significa perda de mercado para a concorrência e consumidor exposto a produtos/serviços de qualidades e origem possivelmente questionáveis
O ideal é, na verdade, quando o consumidor associa uma marca a um fornecedor específico, e tal marca passa a ser reconhecida como referência (e não sinônimo!) no seu mercado. Exemplos: Coca-Cola, Nike, Ford.
Pode parecer besteira de advogado (rs), mas este é um tema bastante sensível e precisamos estar atentos para não "dar um tiro no pé" no futuro. :)
Espero ter ajudado!
Abraços, Juliana.