Oi Leandro,
Tudo bom?
Rafael e Natan levantaram pontos super importantes aqui e compreendo bastante a sua dúvida. 2 anos atrás eu conheci o chamado "UX Designer" e no meu Linkedin me denomino assim também. Eu trabalhava com pesquisas, planejamentos, mas tudo relacionado sempre a agilidade que a publicidade precisava de um planner (o planejador da publicidade).
Eu sempre puxava a "sardinha" para as pessoas que iriam usar um produto, e no mercado publicitário o meu "cliente primário" não eram as pessoas e sim instituições financeiras, grandes redes hoteleiras, indústria automobilística... E eu devia "favorecer" o interesse deles e por consequência o das pessoas, entende?
Então comecei a me incomodar aos poucos e procurar entender o que exatamente um cara, o tal de UX Designer fazia, para me tornar uma. Li muito as coisas do http://www.uxdesign.cc e comecei a entender que algumas coisas eu já fazia (pesquisa com usuários dos serviços das empresas que eu atendia, pesquisa de referências que em UX chama-se de Moodboard, personas que eu usava no Design Thinking e UX usa também, as jornadas do consumidor que em UX chamam de Jornada do Usuário...) e eu vi então, que não seria tãããão complicado virar 'UX Designer'.
O contraponto entretanto, é justamente ser uma área normalmente ocupada por designers... Designers de profissão, ou diretores de arte de agências, diretores de criação e isso, é absolutamente normal. E eu, não era designer. Não trabalhava com interface, mas trabalhava junto com quem fazia a interface (os diretores de arte, diretores de criação) e em muitos momentos, sentava com eles e trabalhávamos juntos (eu puxando a sardinha para o que fiz em pesquisa, as referências que encontrei e o que as personas precisavam fazer em cada peça publicitária ou parte de um site, e ele puxando a sardinha em como tudo isso poderia gerar algo mais bonito, algo que agradaria mais as pessoas quando vissem a peça/site e como tudo deveria estar com a tipografia correta, as cores seguindo o guideline da marca, ou seja a harmonia visual - e tudo isso é algo de UI - era o que esse profissional se atentava) e esse trabalho, quando feito por alguém que pensava nesses pontos do "usuário" e o cara que escutava isso e traduzia tudo isso em algo visual, trazia resultados muito melhores.
Citei acima a minha rotina antiga de trabalha, para você perceber que eu poderia fazer meu trabalho sozinha e o designer/diretor de arte também, mas ao ter alguém puxando a sardinha pro usuário, separando um pouco os trabalhos e unindo os mesmos no momento certo, o trabalho tinha melhores resultados.
Tenho pra mim, que os Designers sempre pensaram nos pontos que os UX Designers e os UI Designers pensam, mas com o acúmulo de tarefas, criou-se a oportunidade de um "nicho" da profissão do Designer fosse criada e então cada um conseguisse pegar "um ponto do processo" de Design (e é bem isso que o Don Norman fala).
É sim de suma importância todo profissional ter um "Q" de UX Designer, mas não é todo projeto conseguimos parar e pensar em tantos pontos que o UX Designer consegue se atentar tendo "apenas" esses atributos em sua rotina para fazer.
Obviamente essa é a minha opinião, dentro do que vivi, li, aprendi e trabalho.
Espero ter ajudado minimamente no seu questionamento e caso não, deixe-me saber e podemos continuar com essa e outras conversas.
PS: tem um texto que acredito que vale a leitura, dá uma olhada nesse link aqui " https://brasil.uxdesign.cc/ux-ou-ui-4c0a1bcb4b83#.1xnsla9bm ".
Abraço e boas festas :)