Olá, Pedro bom dia.
No hipsters.tech tem podcasts sobre gRPC: https://cursos.alura.com.br/extra/hipsterstech/go-grpc-e-investimentos-na-guru-hipsters-on-the-road-54-a828
Não acho que aqui na Alura tenha curso sobre gRPC, mas não tenho certeza, sugiro pesquisar.
Já utilizei gRPC, e é um padrão realmente muito interessante, principalmente para trabalhar com microserviços, mas não somente (já utilizei para contato de cliente com servidor, e é assim que alguns clientes funcionam, como o gh (CLI do github)).
Se você ainda não completou os cursos de microserviços, sugiro não focar muito nisso agora, pois é o ambiente onde essa arquitetura é mais utilizada.
Caso queira já esteja dominando bem o padrão Rest, e a arquitetura de microsserviços e deseje se aprofundar, eu recomendo a documentação oficial do protocolo:
https://grpc.io/
E a documentação oficial do protobuf:
https://protobuf.dev/
Agora, só para não te responder e te deixar na mão, vou dar uma leve explicação desse protocolo.
O protocolo gRPC (g Remote Procedure Call) é um protocolo que te permite chamar "diretamente" (via rede, claro) uma função em outro serviço. Esse protocolo utiliza HTTP2 (por isso é mais rápido que a maioria das APIs Rest, que usam HTTP1.1, mas isso é resolvível usando HTTP2 na sua API), e envia os argumentos da função em formato binário (protobuf), que é menor e mais conciso que enviar um json no body de um request HTTP, comum a uma arquitetura Rest, algo que também impacta na velocidade do processo.
É um padrão que envolve a criação de um contrato extremamente rígido, e esse contrato define quais são as funções que o serviço vai implementar para a comunicação (inclusive o protobuf já gera o código dessas classes e funções), e quais os argumentos, e desse modo, o cliente consegue chamar essa função diretamente (via rede, claro), enviando os argumentos em protobuf para o serviço, que vai receber a chamada e executá-la, devolvendo a resposta em protobuf de volta.
Esse caminho direto, ajuda retirando a necessidade de frameworks, pois todas as funções são feitas via chamada direta, não precisando então de routers, middlewares, nem nada do gênero (claro que você precisa ainda seguir as boas práticas para não virar bagunça, haha).
Se quiser iniciar a mexer com ele, siga o How to start da documentação do Protobuf:
Baixar o compilador: https://github.com/protocolbuffers/protobuf#protobuf-compiler-installation
Leia o overview: https://protobuf.dev/overview
Faça o tutorial: https://protobuf.dev/getting-started
Mas nem por um segundo ache que Rest é lento, e gRPC é o que há porque é mais rápido. 99.99% dos sites não são a Netflix, usar uma bazuca para matar uma formiga é sempre uma má ideia, com uma única exceção, que é se você estiver consciente de que aquela solução não é a melhor para o seu cenário, mas quer aprender aquela tecnologia mesmo assim. Mas em produção, Rest é mais que rápido o suficiente para 99% dos casos.
Se ajudou, marca como resolvido! Se tiver dúvidas, pode falar.