2
respostas

Desafio: aplicando Scrum no contexto público

No meu último estágio durante a faculdade, eu me aprofundei um pouco em metodologias ágeis no cenário da administração pública pro meu trabalho de conclusão de estágio. Algo que ainda é pouquíssimo visto ou explorado.

Minha proposta era de aplicar o Scrum na forma como os processos técnicos do meu setor poderiam ser gerenciados e visualizados de uma forma mais efetiva. Resumidamente, iria conter:

  • Product Backlog: Que mostrava as demandas a serem atendidas (podendo, inclusive, ser utilizado aqui o Kanban)
  • Daily Scrum: As reuniões curtas (que eu indiquei serem semanalmente ou quinzenalmente) que alinharia o trabalho da equipe, identificaria impedimentos e ajustaria as prioridades de cada processo.
  • Sprint Review: As revisões colaborativas seriam feitas juntamente com outro servidor, que poderia ajudar na melhoria de precisão das análises e redução de erros.
  • Check-list de qualidade: Uma lista de verificação para garantir o atendimento a todos os critérios necessários antes do prosseguimento do processo, que incentivaria a padronização.
  • Sprint Retrospective: De praxe, serviria para discutir o que foi feito ou não e identificar pontos de melhorias, ajustando o fluxo à realidade do setor.

Em suma, a pesquisa mostrava como isso poderia impactar positivamente na forma como os processos eram avaliados e entregues para os clientes. Sei que daria um trabalho danado, em especial, por se tratar de um setor público. Porém, gostei muito de ter feito esse tipo de análise e ver como o Scrum poderia ajudar na flexibilidade, transparência e melhoria contínua das entregas.

2 respostas

Olá Ana Rosa,

Achei muito interessante sua proposta de aplicar o Scrum no contexto da administração pública! A metodologia realmente poderia trazer mais flexibilidade e transparência aos processos. Considerando a resistência que muitos setores públicos têm à implementação de novas metodologias, você acredita que o maior desafio seria a adaptação da equipe à mudança de cultura, ou as dificuldades estariam mais ligadas à burocracia e à estrutura do próprio setor?

Oi, Elison!

Agradeço pelo interesse ;)
É uma pergunta interessante, até mesmo pq uma coisa leva a outra. Por ser uma cultura tradicional, o conformismo é bastante presente e mexer nessa zona de conforto sempre é delicado. Durante as minhas pesquisas, a mudança sempre era muito discutida pelos pesquisadores, em especial, por parte da liderança. Afinal, se o próprio gerente do setor não se dispõe a enfrentar e incentivar isso, por quais razões a equipe se motivaria a mudar?
Dito isso, na minha perspectiva, se adaptar ao novo seria (e é) o maior desafio.