Olá! Oportuna pergunta.
A melhor opção é realmente o mercado entender de uma vez o caráter de adição continuada de valor e fazer contratações "time & material", o que exige, todavia, uma mudança forte de mentalidade e grande confiança na equipe. Ou seja, exigiria adoção do Ágil como ele é!
Podemos colocar um teto de custos nesta modalidade, para o consumidor se sentir melhor.
Seguem algumas alternativas:
“Contrato Money for Nothing, Changes for Free (Jeff Sutherland)”
O cliente concorda em regularmente repriorizar o trabalho remanescente, trabalhando junto à equipe em cada sprint.
Nestes pontos de controle, o cliente pode adicionar pontos novos no backlog, mas deverá ou pagar à parte por eles (“time & material”) ou eliminar itens menos prioritários do backlog, mantendo o valor total do contrato.
O pagamento é feito por sprint.
O cliente pode, em qualquer momento, abortar o contrato, pagando por isto 20% do valor remanescente (valor remanescente = valor total do contrato – total de valores já pagos).
O cliente faz isto quando entender que já obteve retorno no investimento suficiente e portanto o custo da implementação da próxima funcionalidade priorizada do backlog é maior que o benefício trazido por ela.
Em tese então o cliente economizaria 80% de um valor cujo investimento não compensaria em vez de ser obrigado a gastar tudo o que foi contratado.
Outra alternativa:
“Segmentar o projeto usando artifícios de métodos híbridos”
Por exemplo:
Definir uma “fase inicial” com prazo fixo onde seriam produzidos a visão, o PB inicial e “um conjunto” de especificações detalhadas (mantendo o escopo aberto, ou seja, sem comprometimento com “qual conjunto”).
Depois, iniciar os sprints de construção, seguindo o Ágil normal.