Boa tarde!
A prática de inicializar entidades ou objetos complexos fora de seus construtores pode ser válida e útil em várias situações, especialmente quando a criação do objeto envolve lógicas ou regras de negócio mais complexas que simplesmente atribuir valores a campos. Vamos analisar os prós e contras dessa abordagem:
Vantagens:
Encapsulamento de Lógica de Criação: Concentrar a lógica de criação de uma entidade específica, como Adocao
, em um método dedicado pode ajudar a manter a classe de serviço mais organizada e facilita a manutenção, pois a lógica de criação está encapsulada em um único local.
Flexibilidade: Métodos dedicados para criação de entidades permitem maior flexibilidade para alterações futuras. Por exemplo, se a forma como uma adoção é inicializada muda, você só precisa alterar o código em um lugar.
Regras de Negócio: Esse método pode ser especialmente útil se a criação do objeto envolver verificações ou regras de negócio complexas que não são apropriadas para um construtor, como validações ou chamadas a outros serviços.
Desvantagens:
Acoplamento: Dependendo de como isso é implementado, pode aumentar o acoplamento entre a classe de serviço e a entidade. Idealmente, entidades devem ser relativamente simples e não depender fortemente da lógica de serviços específicos para serem criadas ou inicializadas.
Testabilidade: Pode ser mais difícil testar a lógica de criação se ela estiver encapsulada em um método privado, pois você não pode chamá-lo diretamente em seus testes. Uma solução para isso é tornar o método protegido ou pacote-privado e colocar os testes no mesmo pacote, embora isso possa não ser ideal dependendo da sua política de visibilidade.
Uso Inconsistente: Se houver múltiplas formas de criar uma entidade (por exemplo, usando um construtor em alguns lugares e o método de serviço em outros), isso pode levar a inconsistências no estado da entidade ou confusão sobre qual método usar.
Boas Práticas Sugeridas:
Construtores para Inicialização Básica: Use construtores para inicializações básicas e não-controversas. Isso inclui apenas atribuir valores a campos sem lógica de negócio significativa.
Fábricas ou Métodos de Criação para Lógicas Complexas: Para inicializações que envolvem lógicas de negócio complexas ou configurações especiais, considere usar métodos de fábrica (que podem estar na própria entidade ou em uma classe de fábrica dedicada) ou métodos na classe de serviço, como no seu exemplo.
Consistência: Mantenha um padrão consistente em seu projeto para como as entidades são criadas e inicializadas. Se você decidir usar métodos na classe de serviço para isso, faça-o de forma consistente em todo o projeto.
Visibilidade para Testes: Considere a testabilidade ao escolher a visibilidade dos métodos de criação. Métodos protegidos ou pacote-privados podem ser mais fáceis de testar.
Em resumo, usar um método privado na classe de serviço para inicializar uma entidade como Adocao
pode ser uma boa prática se essa abordagem se alinhar com as necessidades do seu projeto, a complexidade da lógica de inicialização e as práticas de equipe, mantendo sempre em mente a necessidade de equilibrar flexibilidade, manutenibilidade e testabilidade.