Luciano, um vídeo, um livro, um manual ou uma apostila que ensinam algo constituem-se em dados desestruturados. Estes artefatos podem carregar, inclusive, algum nível de ironia, emoção, bom humor ou mensagens subliminares, muitas em nome da didática, que não são recuperáveis e "compreensíveis" através de acessos realizados por autômatos.
Já um cadastro de clientes, com campos pré-definidos, armazenados, por exemplo, em um gerenciador de bancos de dados, é um exemplo de coleção de dados estruturados. Estes dados são pontuais e estão guardados em "caixinhas" discretas, padronizadas, de forma eletrônica ou não. Não possuem um contexto todo como um áudio, por exemplo.
Computadores manipulam mais facilmente dados estruturados. Para dados desestruturados, algum nível de inteligência é necessário para suas decodificação.
Exemplo:
- Conjunto de respostas de uma pesquisa onde os respondedores respondem se gostam de um produto assinalando "sim" ou "não". Isto são dados estruturados.
- Conjunto de fichas onde os respondedores escrevem sobre sua opinião a respeito de um produto, com elogios e críticas livres. Isto são dados desestruturados - para entender pelos textos se cada respondedor gostou ou não do produto, é preciso interpretação e alguma inteligência, natural ou artificial. Neste último caso, uma "baita" inteligência artificial, eu diria.