Claro que o post pode acabar ficando 'datado' , mas até o momento, e também considerando o post acima citando a Varig, me faz lembrar da Ita Transportes Aéreos, e o seu case de insucesso até o presente momento.
A empresa, em meados de maio/2021 , prometia ser mais um player no mercado das cias.aéreas, prometendo um serviço de bordo diferenciado, com qualidade, como nas palavras do seu fundador, facilidades no check-in, atendimento diferenciado, menor cobrança, 50 aeronaves e 35 destinos até 2022... ( Fonte: https://www.panrotas.com.br/aviacao/empresas/2021/05/presidente-da-ita-sidnei-piva-revela-planos-da-nova-empresa-aerea-confira_181537.html )
Só que, na minha análise, faltou um planejamento mais racional na concepção do projeto. A companhia, que já em junho, contava com 8 cidades brasileiras, continuou a aumentar seus destinos em até 13 destinos (Fonte: https://tecnologistica.com.br/categoria/transporte-aereo/itapemirim-tera-voos-em-congonhas-a-partir-de-novembro.html ) porém somente contando com apenas 6 aeronaves(https://aeroin.net/itapemirim-foi-questionada-pela-anac-por-oferecer-mais-voos-do-que-podia-operar/). Aí os problemas começaram a surgir, com o cancelamento de destinos e viagens vendidas anteriormente, além da maior quantidade de vôos com 'escalas' de forma qual a Ita Transp.Aéreos dava jeito de não cancelar todas as viagens/destinos e não lesar mais passageiros.
Por fim, a empresa em dezembro de 2021 se encontra na situação qual não conseguia mais arcar com o pagamento de seus funcionários( https://aeroin.net/com-quebra-de-caixa-itapemirim-segue-com-salarios-e-beneficios-atrasados/) e das empresas responsáveis pelo serviço de solo, acarretando no seu cancelamento de todos os vôos no dia 17/12/21( https://aeroin.net/este-e-o-unico-aviao-no-ceu-nesta-noite-e-poderia-ser-o-ultimo-voo-da-itapemirim/ ), tal como a suspensão de certificado de operador aéreo pela ANAC (https://aeroin.net/anac-suspende-certificado-de-operador-aereo-coa-da-itapemirim/), muitos passageiros insatisfeitos e até agora nem todos reembolsados ou realocados para outras companhias aéreas.
Na minha análise, como leigo e estudante no assunto, a empresa foi ao 'ramp-up' de forma muitíssimo equivocada. Se não há ainda equipamentos e investimento suficiente para o aumento no número de clientes atendidos, bem como material humano e aeronaves para tal, por que a Ita continuou a aumentar e lançar/vender novos destinos ? Tal como comentado no curso, " Temos que ter o máximo de visualização das falhas para minimizar. Erro é para ser minimizado, não esquecido. Não realize um investimento mal feito. " E a empresa não teve a humildade de dar um passo para trás nos seus processos, de forma a casar com a realidade da empresa naquele momento. Mesmo que isso demandasse mudar o projeto, levar meses para instaurar novos destinos de acordo com a chegada de novas aeronaves e contratação de pessoal para tal...
Ao contrário, continuou seguindo com seu projeto, ignorando as informações e realidades encontradas, o que foi um elo fatal para que a empresa viesse a encerrar suas atividades.