Solucionado (ver solução)
Solucionado
(ver solução)
3
respostas

Autonomia do Designer

Boa tarde,

Passei por uma situação recentemente na qual um cliente havia me solicitado para criar um logo, porém o mesmo estava muito decidido na questão das cores, não queria de forma alguma que o projeto fosse realizado fora das cores que o mesmo solicitou. Contudo, as cores escolhidas não eram harmoniosas, não trabalhavam bem em conjunto. Quais as saídas do designer num momento como esse? Até onde vai a autonomia do designer no momento de criação do logo? Realizamos o trabalho mesmo sabendo que vai ser um resultado final "feio"? E, esse resultado final seria interessante omiti-lo do seu portfolio?

Obrigado.

3 respostas
solução!

Fala Bruno!

Boa indagação, é muito comum acontecer isso na vida profissional do designer.

É importante termos noção que o que diferencia um profissional de um curioso é que o primeiro toma decisões bem fundamentadas nos estudos da disciplina, de maneira objetiva e com intencionalidade, enquanto o curioso vai pautar suas decisões puramente em seu gosto pessoal.

Por isso nos cursos de identidade visual passamos por todas as etapas de entrevista com o cliente, pesquisa de similares, brainstorm, geração de personas, de alternativas, etc.

Isso nos permite tomar decisões pautadas nas necessidades do projeto em primeiro lugar, ainda que, em certo nível, suas preferências pessoais e estilo obviamente influenciem em suas decisões.

É este fundamento que é importante para você justificar, tecnicamente, que determinadas cores funcionam ou não em conjunto e se são apropriadas ou não para o projeto.

De toda forma, quem conhece mais o negócio é o cliente e é ele que vai conviver com a marca, portanto é muito interessante que ele seja ouvido e que suas observações sejam levadas em conta o máximo possível.

Se o cliente estiver completamente certo e determinado em manter as cores, independente de possíveis alternativas de defesas apresentadas, ao elaborar o projeto, recomendo que você pense no que são restrições do projeto e parta todo seu projeto criativo a partir dessa limitação imposta pelo cliente: sua solução deverá contar com as cores determinadas por ele.

Aí passa a ser um desafio do projeto uma forma de incorporar essas cores à sua solução da melhor maneira possível, de formas criativas, seja utilizando-as de forma diferente nos esquemas de cores, seja propondo diferentes assinaturas, perfis de cor difentes, de forma que não precisem harmonizar porque não aparecem juntas, etc.

Espero que ajude.

Um abraço!

Obrigado Rafael,

No meu caso acabei realizando o projeto como o cliente quis, não ficou muito do meu agrado, mas o cliente ficou muito satisfeito... Para projetos futuros tentarei usar essa dica de encarar como um desafio mesclar as vontades do cliente com as decisões fundamentadas nas teorias do design, não só com cores mas imagino que aparecerão clientes com ideias fixas em formatos de logo, fontes, tamanhos, etc.

Abraço!

Acontece mesmo! Às vezes conseguimos pensar em algo legal, defender nossas intenções e demonstrar nosso ponto, mas tem casos de apego emocional e idéias muito arraigadas que podem ser a diferença entre o cliente passar anos com uma marca que ama e meses com uma marca que vai acabar deixando de lago porque não contempla aquele "sonho" que ele teve com a própria marca.

A pessoa amar a própria marca é fundamental para que lembrem do nosso trabalho e a idéia é sempre conseguir chegar numa solução que você entenda que funcione e que o cliente adore.

Uma possibilidade é ir criando uma versão do jeito que ele pede e mostrar outras alternativas com suas idéias e nas validações ir tentando tomar o camiho que você acredita mais.

Um abraço!

Quer mergulhar em tecnologia e aprendizagem?

Receba a newsletter que o nosso CEO escreve pessoalmente, com insights do mercado de trabalho, ciência e desenvolvimento de software