A Engenharia de Prompt, embora tenha representado um avanço significativo na interação entre humanos e sistemas de Inteligência Artificial, começa a revelar sinais de obsolescência diante da rápida evolução das próprias ferramentas. Originalmente, essa prática consistia em estruturar comandos precisos e contextuais para orientar o modelo a gerar respostas relevantes. Contudo, à medida que as interfaces se tornam mais intuitivas e as inteligências artificiais mais contextuais e autoadaptativas, o papel do prompt como “tradução humana” tende a perder força.
Sob a ótica do design e da experiência do usuário, observa-se que o foco migra do domínio técnico da linguagem para a naturalidade da interação. Ferramentas modernas compreendem intenções complexas, ajustam respostas de modo autônomo e aprendem com o comportamento do usuário — tornando desnecessária a mediação tão rígida que antes caracterizava a Engenharia de Prompt. Assim, o verdadeiro desafio contemporâneo não está em saber “como pedir”, mas em pensar estrategicamente o que perguntar e avaliar o valor do que é respondido.
Dessa forma, acredito que a Engenharia de Prompt cumpre um papel de transição histórica: foi essencial para ensinar humanos a dialogar com máquinas, mas cederá espaço a sistemas que compreendem o humano de maneira mais orgânica, intuitiva e inteligente.