Nova regra colocada: a taxa de juros depende do tipo de empréstimo. No exemplo, o tipo de empréstimo poderia mudar, causando inconsistência na taxa de juros. Na prática: Maria fez um empréstimo em 5 parcelas, do tipo empréstimo empresarial. No contexo da aula, ela pagaria juros de 5,5% Maria, já com a tabela na BCNF, quitou seu empréstimo (pagando efetivos 5,5% de juros). Conforme mostrado em aula, o tipo de empréstimo poderia mudar, sendo o empréstimo já quitado passando para empréstimo pessoal, pelo exemplo de aula, o juros seriam de 3%. Assim, na tabela de empréstimos constaria que ela pagou 3% de juros enquanto a tabela de pagamentos consta efetivos 5,5% gerando inconsistência entre os dados.
Eu entendo a intenção do instrutor com o exemplo, mas acaba por gerar erros conceituais e distorções de dados, se forem aplicados como mostrado. Mesmo que ainda faltasse uma parcela para ser paga... essa parcela teria que ser reajustada (para baixo) para atender aos 3% reais de juros, calculando uma amortização maior, nas parcelas de 5,5% e deixando um residual menor para as parcelas restantes. Não é só mudar o tipo de empréstimo, os juros contratados valem para aquele contrato de empréstimo. Mesmo com a dependência do tipo de empréstimo para a taxa de juros, uma vez contratado, o valor dos juros é fixado no empréstimo e não pode ser mudado, passando a ser um atributo do empréstimo, que pode ser repactuado, mas deixa de ser um atributo do tipo de empréstimo.
Se a SELIC mudar e ao invés de mudar o tipo de empréstimo, mudar a taxa de juros de 5,5% para 6%, os empréstimos já quitados não terão sua taxa efetiva alterada, o mesmo valeria para as parcelas já pagas, visto que estavam em um regime de juros anterior à mudança. O cálculo do juros efetivos se tornaria mais complexo, mas seria possível, mesmo com a taxa vigente podendo mudar.
Uma possibilidade é usar cidade-referência e estado-referência. Se a cidade-referência mudar, o estado-referência pode ficar inconsistente. Como existe a dependência da cidade-referência com o estado-referência, o mesmo exemplo poderia ser aplicado. Pode-se colocar como cidade-referência a cidade onde questões resolvendo o contrato sejam dirimidas. Assim a mesma solução seria aplicada e, mesmo que a cidade-referência mudasse, não impactaria nas parcelas já pagas, tornando o modelo menos sujeito à inconsistências de dados.
Quando o modelo conceitual vem podre, prejudica todo o resto da implementação.