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Qual o limite da Síndrome do Impostor e a Arrogância?

Sou programador e desenvolvedor de sistemas há 22 anos, e ouvi falar sobre a Síndrome do Impostor há uns 5 anos, quando fui pesquisar se existia alguém que se sentia da mesma forma que eu na época: "alguém que finge conhecer sobre o assunto e que está sempre à espera de que alguém mais experiente revise meu código e descubra toda a mentira que sempre fui".

Claro, nunca descobriram, porque realmente eu não sou ruim, e com o tempo eu fui percebendo que não há nada demais em não conhecer sobre um determinado assunto, ainda mais em nossa área de tecnologia. E reconhecer os pontos fracos deve servir de estímulo para que possamos estudar e aprender cada vez mais. Ainda tenho meus dias em que esta síndrome dá as caras, mas já consigo ver mais valor no que eu faço hoje do que antigamente.

Por outro lado, existem pessoas que se acham "a última bolacha do pacote", como uma Síndrome do Impostor às avessas. São pessoas que são tão arrogantes que acreditam nunca estarem erradas, que tudo o que elas fazem é o melhor, e não aceitam estarem erradas.

Como se manter neste equilíbrio, entre não se achar um impostor e não se achar tão excepcional a ponto de ser o arrogante da turma?

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Quando alguém tem valores e princípios bem definidos, e olha pra dentro com frequência, essa pessoa evita os dois casos.

Vejamos esses valores por exemplo:

  • Respeito: do latin significa "olhar outra vez", que representa tratar a si mesmo e o outro com atenção;
  • Autoconfiança: Acreditar em si mesmo, no seu valor, e preocupar menos com a opinião dos outros;
  • Autodesenvolvimento: Entender que sempre temos muito a aprender e que vivemos numa melhoria contínua.

Quando você acredita que tem valor pelo que é intrinsecamente, e não pelo que você sabe ou pelo resultado que produz, você tem autoconfiança, e com isso sofre menos com a síndrome de impostor.

Quando você aceita que na nossa profissão existe muito mais conhecimento do que você dá conta de aprender e que esse conhecimento tá sempre crescendo, você assume a posição de aprendiz e fica feliz em encontrar oportunidades de melhorar, como, por exemplo, encontrar alguém mais experiente naquele assunto específico que revise o seu código e te ensine alguma coisa.

Mesmo tendo esses princípios, as vezes podemos agir de forma arrogante ou de forma autossabotadora, e é pra isso que precisamos ter respeito com o outro e com nós mesmos. Devemos olhar para as nossas ações e verificar se estão alinhadas com nossos valores.

Na prática, eu sei que não é só escolher seguir esses valores e todos os problemas estão resolvidos. Na verdade, isso é um processo. Todo dia temos que colocar um tijolo a mais na escada de ser uma pessoa melhor.