Imagino que a melhor opção seja entrevistar alguém que tenha participado da criação da empresa, como o proprietário ou um dos sócios, e não algum gerente ou um outro executivo dentro da empresa. Pois, assim como colocamos nossas experiências e preferências pessoais nos primeiros esboços, também o entrevistado vai expor suas próprias preferências, às vezes não coincidindo com o que o(s) proprietário(s) esperam ou imaginam para a identidade visual de sua empresa. Está certo esse raciocínio?
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Imagino que o entrevistado deva ser alguém que participou da criação da empresa.
Fala Ricardo, boa indagação.
Pessoalmente, gosto muito de trocar idéia com os fundadores ou sócios da empresa porque eles costumam ter uma idéia mais completa do que é sua marca, mas em muitos casos isso não é possível. Em empresas muito grandes ou fragmentadas, é comum que os sócios participem de reuniões de aprovação mas não estejam disponíveis, mas quando isso acontece, normalmente há pessoas preparadas que conhecem bem a missão da empresa, suas principais características e estruturas. De toda forma, é bom você conhecê-la em suas diferentes atividades para ajudar a construir esse entendimento; genuinamente se dedicar a entender o negócio, seu posicionamento, sua identidade.
É importante lembrar que apesar de sempre influenciarem as experiências pessoais dos envolvidos na elaboração da marca, tanto do lado do design quanto da empresa, o método de criação do design é bastante objetivo e busca chegarmos a decisões criativas lógicas e coerentes que comuniquem determinadas idéias para muito além do gosto pessoal de cada um, com o foco a desenhar algo que faça sentido para a marca, que represente seu negócio, seu posicionamento, sua identidade e suas características e com usos coerentes e funcionais para seu dia a dia. Desta forma, nossa pesquisa visa obter respostas também objetivas, que informem um briefing que sedimente as nossas conclusões, como profissionais, que pautem nossas decisões no projeto.
Espero ter ajudado.
Um abraço!